Economia

Caged: Betim cria 498 vagas em setembro e chega a 8.000 no ano

Foi o quinto mês consecutivo que a cidade registrou saldo positivo na geração de vagas formais

Publicado em 26 de outubro de 2021 | 20:48

 
 
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Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (26), mostram que Betim gerou 498 empregos formais em setembro. Foi o quinto mês consecutivo que a criação de vagas registra saldo positivo no município. 

No acumulado do ano (desde janeiro), Betim já criou 8.000 postos de trabalho - metade deles na indústria, setor que mantém o melhor saldo durante o ano. Em seguida, aparece o de serviços, com 2.261 vagas, e do comércio, com 1.250. A área de construção acumula saldo de 438 empregos formais. Apenas o setor de agropecuária registrou saldo negativo: menos cinco vagas. 

No mês de setembro, o setor que mais contratou foi o de serviços, com 468 postos de trabalhos gerados, seguido pelo comércio (212) e pela construção (23). Diferentemente dos meses anteriores, a indústria, que até então liderava o ranking mensal, registrou mais demissões do que contratações: foram 205 vagas extintas. 

A falta de insumos e peças, principalmente, de semicondutores e de outros componentes eletrônicos tem prejudicado a retomada do setor industrial. Segundo o economista Carlos Eduardo Barbosa, a retomada da indústria no país inteiro reduziu o ritmo por causa da irregularidade na importação de peças. Exemplo disso foi a Fiat, que suspendeu o contrato de 1.800 trabalhadores no mês passado por esse motivo - medida que foi tomada em consenso com a categoria para preservar o emprego dos funcionários da fábrica. 

"Pode ter um pouco a ver, sim, a indústria ter gerado menos empregos na cidade por causa da redução da produção automotiva, principalmente porque é um setor que possui uma grande cadeia de fornecedores. Então, quando uma grande empresa reduz sua produção, isso acaba impactando nas menores, que podem demitir. Mas isso não é realidade apenas em Betim, mas toda a área industrial do país está sofrendo com essa situação: a falta de componentes eletrônicos tem prejudicado a retomada do setor, reduzido sua expansão", analisa. 

Por outro lado, o economista enfatiza que o crescimento dos setores de serviços e comércio tem sido regular. "Mostra um efeito da confiança das pessoas, que estão circulando mais, saindo para comprar. A área de serviços constata isso muito bem. E, com o fim de ano, contratações temporárias, a expectativa é de um resultado bom nos próximos meses", conclui.