Cinema

Curta-metragem lançado por artesã de Betim aborda a arte das mandalas

Documentário está disponível nas plataformas digitais e é uma parceria entre Letícia Rodrigues e a cineasta Elizabete Campos

Publicado em 11 de março de 2021 | 20:21

 
 
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A beleza das mandalas em fios, um símbolo ancestral ritualístico de origem na cultura dos índios Huicholes, no México, e usada hoje como potencial artístico e forma de meditação, terapia e relaxamento, é o tema central do curta-metragem “Olho de Deus”, lançado, neste mês, pela pedagoga, produtora e artesã Letícia Rodrigues.

O documentário é produzido pela IT Filmes e dirigido pela cineasta Elizabete Campos, que, em 2019, venceu o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, na categoria voto popular, com o documentário “My Name Is Now: Elza Soares”. O filme, produzido em parceria com o projeto “Prisma Mandalas” (@prisma_mandalas), de Letícia, conta com verba da Lei Aldir Blanc e está disponível nas plataformas digitais da artista.

No curta, a betinense conta que esta arte é capaz de levar as pessoas ao estado meditativo, trazendo bem-estar a quem se propõe a “mandalear”. “Minha inspiração vem da beleza, possibilidades e do encanto das origens das mandalas. A mandala é um objeto sagrado que simboliza harmonia e integração do homem com o cosmos”, disse.

Ainda conforme a artista, estudos feitos pelo psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung, fundador da psicologia analítica e que usa diferentes mandalas em seus trabalhos, esses objetos ajudam a trazer transformação psíquica ao ser humano.

“Isso chamou a minha atenção nas mandalas. Os índios Huicholes acreditavam que elas davam ‘o poder de ver e compreender as coisas como elas realmente são’. A medida que fui me concentrando, me entregando às cores, aos ritmos, às formas, à tensão dos fios, fui descobrindo mais sobre mim e me organizando internamente”, explicou Letícia.

Já Bete afirmou que, por meio do trabalho da artesã betinense, ela conseguiu produzir um documentário poético e experimental que mistura registros e videoarte, dentro das pesquisas que ela vem desenvolvendo sobre cinema expandido. “Futuramente, estudamos transformar o tema em um longa”, adiantou.