Desde o início da pandemia, a Apromiv, instituição que presta assistência a mais de 3.000 usuários, reforçou suas ações para auxiliar famílias em vulnerabilidade social que foram mais afetadas pela crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.
Contudo, nos últimos meses, mesmo com o país enfrentando a pior fase da Covid, com recordes diários de óbitos, e com o agravamento da situação financeira da população, as doações que eram recebidas pela entidade, hoje, quase que zeraram.
Para se ter uma ideia da gravidade da situação, pesquisa da Central Única de Favelas (Cufa) feita em 76 aglomerados no país mostra que 68% das pessoas já passaram pela situação de não ter recurso nem mesmo para comprar comida. Além disso, com a maior parte dos moradores vivendo de trabalhos informais, 71% das famílias brasileiras sobrevivem, hoje, com menos da metade do que ganhavam antes da pandemia.
Diante deste panorama, a Apromiv decidiu lançar, a partir de segunda (29), a campanha “Viralize Amor”, que tem como objetivo ajudar às famílias atendidas pela entidade, além de auxiliar ONGs do município que realizam trabalhos junto à população carente. “Nosso objetivo é amenizar o sofrimento das pessoas que mais precisam”, salientou a diretora executiva da Apromiv, Fabiane Quintela.
A aposentada Ana Maria dos Anjos, 63, que perdeu a visão de um dos olhos e tem problemas renais, é uma das atendidas pela Apromiv. Além de desenvolver atividades artesanais no local, ela recebe mensalmente uma cesta básica, que é partilhada com outros cinco familiares. “Receber essa cesta nos ajuda muito, ainda mais agora, que o muro da casa caiu com a chuva e estamos tendo que usar o nosso dinheiro para reformá-lo. Felizmente, nunca passamos fome, mas nossa renda não passa de dois salários mínimos”, contou Adriana dos Santos, filha da idosa.
Interessados em participar podem levar a sua doação até a sede da Apromiv, na avenida Edmeia Matos Lazzarotti, 1.505, no bairro Angola, de segunda a sexta, das 9h às 17h. Equipes da entidade estarão a postos para receberem as doações, seguindo todas as normas de biossegurança.
“Se não puder vir até a Apromiv, pedimos que a população ajude de alguma forma, entregando as doações em igrejas e em entidades filantrópicas”, disse Fabiane.