No Citrolândia

Suspeito de matar a ex-namorada e jogar o corpo dela no rio é preso em Betim

Segundo a Polícia Civil, homem confessou ter assassinado a jovem esganada após o fim do relacionamento. Ele deverá responder por crime de feminicídio

Publicado em 14 de abril de 2021 | 11:54

 
 
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Um homem de 31 anos foi preso suspeito de feminicídio contra uma jovem de 22 anos em Betim, na região metropolitana. Investigações da Polícia Civil apontam que ele é responsável pela morte de Gabriela Mendes de Oliveira, no dia 13 de março, na região do Citrolândia.

A mulher foi assassinada após ter sido esganada e teve o corpo jogado no rio Paraopeba, na divisa com o município de São Joaquim de Bicas. Até hoje, o corpo dela não foi encontrado. 

As informações do caso foram divulgadas pelo delegado Leonardo Mota durante entrevista coletiva nesta quarta (14). Segundo ele, o suspeito se apresentou dias depois do fato e confessou o crime. O motivo seria o fim do relacionamento. 

"No dia 16 de março, chegou ao nosso conhecimento o desaparecimento da jovem, que teria ocorrido no fim de semana anterior. A mãe da vítima nos deu algumas informações e, após isso, começamos as diligências para tentar localizar a vítima e descobrir o motivo do sumiço. Ouvimos algumas testemunhas e descobrimos que a jovem tinha sido vista pela última vez no dia 13, um sábado, no veículo de seu ex-namorado, e que eles teriam terminado o relacionamento no dia anterior. Com base nessas informações, fomos até a casa do homem, que nos contou inicialmente que não tinha conhecimento da localização da ex-namorada. Mesmo assim, ele continuava como o principal suspeito", explicou o delegado Leonardo Mota, responsável pela investigação. 

Já no dia 18, o advogado dele entrou em contato com a polícia dizendo que o seu cliente queria prestar declarações de forma espontânea. No dia seguinte, porém, ele não compareceu à delegacia conforme o combinado. 

"Isso nos causou estranheza. Outro ponto importante é que o carro dele ficou abandonado ao lado da ponte sobre o rio Paraopeba. Quando foi no dia 23, ele, acompanhado de seu advogado, compareceu à delegacia e confessou o feminicídio., indicando o modus operandi, o local e a mecânica do crime, além do lugar onde havia abandonado o corpo. Ele nos contou que saiu com a jovem para conversar, e que eles tiveram uma discussão. Nesse desentendimento, ele a matou por esganadura, resultando numa asfixia mecânica", completou o delegado. 

A polícia pediu apoio ao Corpo de Bombeiros, que fez buscas na tentativa de localizar o corpo ao longo do rio, mas ele não foi encontrado até o momento.

"Mesmo sem encontrar o corpo da vítima, pedimos a prisão preventiva do suspeito com base nas provas que a gente já tinha e nas informações que ele próprio confessou. O Ministério Público deu parecer favorável, e a Justiça decretou a prisão", acrescentou Mota. 

Ainda segundo o delegado, não há informações de que a vítima teria sido agredida anteriormente. As investigações continuam para a conclusão do inquérito policial.