Betim anunciou nesta semana que continuará empenhado na luta na para garantir que toda a sua população, composta por 444.800 betinenses, além da pessoas que trabalham no município, recebam as 1,2 milhão de doses da Sputnik V, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Centro de Pesquisas Gamaleya, da Rússia. Essa é uma batalha que visa salvar milhares de vidas, retomar o crescimento da economia e, ao mesmo tempo, proporcionar as pessoas a retomada de suas rotinas, “roubadas” pela pandemia do novo coronavírus.
Até quinta (29), 916 betinenses morreram em decorrência da doença e, diante das poucas doses distribuídas pelo Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Imunização, só foi possível imunizar 10,97% dos moradores de Betim.
Para piorar, a iniciativa da prefeitura de imunizar todos os betinenses com a Sputink está sob risco, já que, na segunda (26), a Anvisa vetou a importação do imunizante russo.
A decisão, contudo, contraria o posicionamento de órgãos reguladores de mais de 60 países, como Índia, Argentina e Egito, que, conforme levantamento feito pelo jornal “The New York Times”, aprovaram o seu uso. Nesta entrevista, o secretário de Saúde de Betim, Augusto Viana, deu detalhes sobre como ocorreu a negociação de compra do imunizante, explicou os esforços da prefeitura no combate à Covid e detalhou os próximos passos que serão adotados para tentar adquirir a vacina.
O secretário de Saúde de Betim, Augusto Viana, explicou por que Betim decidiu adquirir a vacina russa Sputnik em detrimento de outros imunizantes. "Em primeiro lugar, vale frisar que o município sempre teve a ciência como foco para nortear suas ações. Por isso, ainda em 2020, já iniciamos as tratativas para adquirir vacinas para todos os cidadãos da cidade", afirmou.
Segundo ele, inicialmente, os diálogos foram feitos com o Instituto Butantan, mas, diante das ações de enfrentamento da Covid adotadas, que ganharam destaque internacional, a cidade recebeu propostas de países e laboratórios exportadores de diversos imunizantes." Ao analisarmos essas propostas, optamos por uma vacina que aliasse eficácia e segurança na imunização, além de melhor custo-benefício e logística necessária. Com isso, o município optou pela Sputnik V e iniciou as tratativas no Brasil e no exterior", destacou.