Entenda

Vacinação em massa: como Betim chegou ao ponto de assinar com o Fundo Russo

Secretaria de Saúde destacou que todo o processo de negociação teve respaldo nas normas comerciais internacionais e nas leis brasileiras e que estão sendo negociadas 1,2 milhão de doses

Publicado em 29 de abril de 2021 | 23:08

 
 
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Em março, a Prefeitura de Betim anunciou a compra de 1,2 milhão de doses da vacina russa contra a COVID-19, a Sputnik V, desenvolvida pelo Centro de Pesquisas Gamaleya. O acordo foi firmado diretamente entre o município e o Fundo Russo, e a previsão era que os imunizantes chegassem nas próximas semanas.

Na época, o laboratório Búlgaro TMT Global foi selecionado para representar o município junto ao Fundo Russo de Investimento Direto, e a empresa portuguesa Tolerant Diversity para cuidar de toda a logística internacional. "Definimos que era possível adquirir 1,2 milhão de doses, o que propiciará a imunização de 600 mil pessoas (os moradores e população flutuante) com um custo de US$ 9,75 (R$ 52) cada dose", contou o secretário de Saúde de Betim, Augusto Viana.

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Segundo o gestor, todo esse processo de negociação teve respaldo nas normas comerciais internacionais e nas leis brasileiras. A entrega das vacinas seria feita no Porto Seco de Betim, com pagamento somente após a efetiva entrega das vacinas à prefeitura, por meio de Carta de Crédito Internacional.

"Além de termos responsabilidade pública e do respaldo das normas vigentes, o município realizou as negociações constituindo leis e decretos municipais para aquisição das vacinas para todo o povo de Betim. Inclusive, estão sendo realizadas dezenas de reuniões nacionais e internacionais para esse fim, e Betim é um dos principais protagonistas, sendo cidade exemplo e respeitada por sua capacidade de conduzir uma ação de tamanha relevância histórica", afirmou Viana.