Operação Pritaneu

Polícia Civil prende dois homens suspeitos de roubarem armas da Câmara de Betim

Na ação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e um molho de chaves com um chaveiro escrito a palavra 'Câmara foi achado

Publicado em 09 de junho de 2021 | 09:17

 
 
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Eram 5 horas da manhã desta quarta-feira (9) quando 40 investigadores da Polícia Civil de Minas Gerais já estavam mobilizados para cumprirem sete mandados de busca e apreensão contra quatro homens suspeitos de terem invadido, rendido um vigia, e roubado, no dia 4 de abril, armas de fogo, munições, coletes à prova de balas e crachás da Câmara Municipal de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Durante a operação, batizada de Pritaneu, dois homens, que não tiveram as identidades reveladas, foram presos de forma preventiva. Um deles, de 27 anos, foi encontrado na residência onde mora, no bairro Vila Universal, em Betim. Já o outro, de 30 anos, que teria residência no Capelinha, na mesma cidade, foi achado posteriormente, no trabalho, no município de Sete Lagoas. Os outros dois suspeitos continuam foragidos, sendo que um deles, de 49 anos, seria o ex-vigia que teria trabalhado no Legislativo.  

De acordo com o delegado Marcelo Cali, responsável pelas investigações, na ação os investigadores conseguiram apreender um molho de chaves, em que no chaveiro está escrita a palavra "Câmara", além de celulares e uma calça e um calçado que, conforme visto nas câmeras de segurança analisadas, teriam sido usadas no dia do crime por um dos bandidos que invadiu o Legislativo. 

"O material levado no dia do crime não foi encontrado. Acreditamos que eles tenham vendido os três revólveres que foram roubados. Mas, independente do material que conseguimos recolher, temos elementos suficientes para provar que os quatro estão envolvidos no roubo cometido na Câmara. Todos já foram indiciados por roubo qualificado e, se condenados, podem pegar até 15 anos de detenção. Inclusive, todos os quatro têm passagens por roubos e dois deles já foram detidos por porte ilegal de arma de fogo", explicou o delegado Cali.

Os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia Regional de Betim, mas não quiseram se pronunciar. Posteriormente, eles serão levados para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, na região Oeste da capital.

Reconhecimento

Em nota, o presidente da Câmara de Betim, o vereador Klebinho Rezende (PROS), elogiou o trabalho da polícia e afirmou que "a segurança da sala-cofre estava de acordo com as determinações da Polícia Federal" e que "as armas e coletes usados por empresas terceirizadas de vigilância armada devem ficar no estabelecimento em que prestam o serviço". 

Relembre o crime

O assalto contra a Câmara de Betim ocorreu na madrugada do dia 4 de abril. Bandidos armados, usando máscara de proteção e boné, renderam o vigia e roubaram três armas de fogo, 30 munições, coletes à prova de bala e os crachás usados pelos vigilantes do Legislativo. Todo o material ficava em um cofre que foi arrombado. 

Segundo Cali, no assalto, dois deles entraram em um veículo no estacionamento da Câmara, enquanto dois deles ficaram em outro carro, do lado de fora, dando cobertura. "Eles tinham informações privilegiadas. Tanto que foram direto no local em que as armas ficavam armazenadas", salientou o delegado.