Betim: Servidor que propagou fake news sobre volta às aulas poderá ser exonerado

Após a manifestação de dezenas de pais de alunos matriculados na rede municipal de ensino de Betim, na região metropolitana, contra diretores de escolas que divulgaram um comunicado falso nesta semana informando que as aulas estariam suspensas, a Procuradoria Geral do Município afirmou ontem que providenciará, nos próximos dias, a abertura de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) contra esses servidores, além de encaminhar o caso para a Polícia Civil, a fim de que se abra uma investigação.

“Entendemos que esses servidores, que inclusive têm cargo de confiança, estão cometendo três tipos de crime: divulgação de notícias falsas, descumprimento de ordem judicial e prevaricação”, detalhou Bruno Cypriano, procurador geral do município. Segundo ele, a procuradoria já reuniu toda a documentação comprobatória do ato ilícito para dar início à abertura dos processos. 
Ainda de acordo com o procurador, entre as sanções previstas pelo PAD estão o desligamento da função, a exoneração do cargo ou a suspensão do contrato de trabalho. Durante uma live ontem em suas redes sociais, o prefeito de Betim, Vittorio Medioli (sem partido), falou sobre o assunto: “Muitos pais estão vindo aqui na prefeitura e denunciando uma sabotagem que está havendo para o retorno às aulas. Isso é grave. Não interessa se a pessoa tem 30 anos de serviço público, vai responder processo assim como aquele que tem um dia”, reforçou o prefeito.

As aulas da rede municipal de Betim tiveram início na última segunda-feira, depois que o município recebeu do Tribunal de Justiça de Minas Gerais a antecipação de tutela para garantir o retorno das aulas presenciais na cidade. Mesmo com a decisão judicial, diretores grevistas de algumas escolas, orientados por líderes sindicais, enviaram a pais de alunos mensagens com a falsa orientação de que as aulas estão suspensas.