Levantamento

Setor produtivo aprova ações municipais anti-Covid

Para 50% dos entrevistados na pesquisa realizada pela Quaest, medidas da Prefeitura de Betim são positivas para comerciantes e empresários

Publicado em 19 de agosto de 2021 | 23:30

 
 
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O levantamento feito pela Quaest Consultoria e Pesquisa, cujos resultados O Tempo Betim vem divulgando nas últimas semanas, mostra que a maioria de comerciantes e empresários do município aprovou as medidas tomadas pela prefeitura no enfrentamento da pandemia da Covid, obtendo resultados melhores do que os observados em Minas Gerais e no país. 

Conforme a pesquisa, o desempenho da administração municipal em decisões que envolvem empresários/comerciantes foi positivo. Essa foi a posição de 50% dos entrevistados desse grupo – 300 comerciantes e empresários participaram da pesquisa dentro de um universo de 1.500 entrevistados em todas as regiões da cidade. Para 35% dessa base, o desempenho da prefeitura foi regular, e apenas 13% o acharam negativo. Outros 2% não souberam ou não responderam a essa pergunta. 

Outro ponto questionado pelo levantamento traz sobre qual ente foi o principal responsável por auxiliar os comerciantes e empresários betinenses na pandemia da Covid-19. Para 29% deles, foi a prefeitura que mais os ajudou nas ações de orientação e ação para enfrentar e minimizar os impactos causados pela pandemia, com a gestão municipal sendo a mais citada. 

O governo federal foi mencionado por 25% dos entrevistados nesse quesito, e o governo estadual, por outros 15%. 
Do total de responsáveis pelos empreendimentos entrevistados pela pesquisa, 59% atuam no comércio, 35%, no setor de serviços, e 6% são donos de indústria.

O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Betim, José Barboza, disse que o comércio foi um dos setores mais afetados pela pandemia, pois os estabelecimentos de atividades consideradas não essenciais tiveram que ficar fechados em períodos para frear a transmissão do vírus. No entanto, ele ressaltou que, em Betim, o impacto não foi tão negativo como em outras cidades. 

“Betim teve algumas vantagens pela maneira da gestão. O município aceitou conversar com a classe sobre flexibilização para reduzir os impactos no comércio, sem deixar a saúde das pessoas de lado. Outra coisa que contribuiu muito foi que a prefeitura criou uma estrutura de atendimento de saúde logo no início, com os dois hospitais (Cecovids), para atender as pessoas. Então, os índices de ocupação de leitos não ficaram tão altos como em outras cidades que ficaram meses fechadas, como Belo Horizonte”, destacou Barboza. 

Outras análises
Apesar dos impactos da pandemia, 75% dos empreendedores responderam que não precisam demitir funcionários contra 25% que afirmaram que dispensaram integrantes da equipe. 

Entre os que necessitaram desligar funcionários, o setor da indústria foi o que mais fez isso: 56% deles estavam nessa área. Dos que são empreendedores do setor de serviços, a demissão de funcionários foi feita por 21%, e no comércio, 24% dos estabelecimentos reduziram o quadro de colaboradores. 

Dos comerciantes e empresários entrevistados, 67% afirmaram que a pandemia mudou o funcionamento de seus negócios. 
Entre os três setores, o de serviços foi o que precisou se adaptar: 72% dos empreendedores tiveram que buscar novas soluções para não enfrentar a crise – contra 56% da indústria e 66% do comércio. 

A expectativa para o crescimento do faturamento da empresa nos próximos seis anos é positiva para 40% dos entrevistados, enquanto 41% acreditam que a situação não se alterará e se manterá estável. Outros 18% acham que o faturamento sofrerá redução no próximo semestre. 

Sobre o atual nível de endividamento da empresa ou comércio, 47% dos entrevistados responderam que não têm dívidas, enquanto 34% disseram que consideram baixo o endividamento, e outros 19% afirmaram que esse nível de dívidas é alto. 

A pesquisa da Quaest ouviu 1.500 moradores, sendo 300 empresários/comerciantes (base deste recorte) entre os dias 2 e 6 de julho. A margem de erro é 3,2 pontos percentuais, e o nível de confiança, de 95%.