Polícia

Homem que matou jovem em Betim a marteladas e a filmou agonizando é recapturado

Culpado chegou a ser preso em 2019, mas fugiu após uma saída temporária da prisão. Ele foi condenado a 19 anos e 3 meses de prisão por esse crime

Publicado em 25 de agosto de 2021 | 19:24

 
 
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Um homem de 24 anos acusado de ter matado a namorada com golpes de martelo, em 2019, no bairro São João, em Betim, na região metropolitana de BH, foi recapturado pela Polícia Civil no último dia 16 de agosto. O suspeito, que foi beneficiado com uma saída temporária da prisão em julho deste ano, não retornou ao presídio e era considerado foragido. Ele foi encontrado em uma residência no aglomerado Cabana Pai Tomás, na região Oeste da capital mineira.

O crime bárbaro, que chocou os moradores da cidade, ocorreu durante um churrasco na casa de uma amiga da vítima, Akiria Silva, que, na época, tinha apenas 21 anos e era mãe de três filhos. 

“Foi um caso que gerou grande comoção. O suspeito matou a namorada com golpes de martelo e ainda filmou a jovem agonizando no chão para mandar o vídeo pra família dela. Na época, nós o prendemos. Ele foi preso pelo feminicídio e também por dez roubos contra motoristas de aplicativo”, explicou o delegado Roberto Veran.

Além de levar seis marteladas na cabeça, a mulher teria sido estrangulada e espancada. O assassino foi preso na época, mas, em uma conduta considerada errônea pela Polícia Civil, Vilela foi posto em liberdade para uma saída temporária e não retornou à Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves, também na região metropolitana, onde estava preso. 

“Por óbvio, ele não voltou. Quatro dias depois, houve julgamento no Tribunal do Júri da Comarca de Betim, no qual ele foi condenado a 19 anos e três mês. Enquanto estava em fuga, passou a ameaçar a família da vítima. É tanto que a mãe da vítima precisou se mudar do local onde ela morava”, disse o delegado. 

O homem foi localizado pela Polícia Civil, após três semanas de diligências, no aglomerado Cabana Pai Tomás, em Belo Horizonte. “Ele estava sendo acolhido lá por uma transexual que ele havia conhecido dentro do sistema penitenciário. O transexual também foi conduzido por crime de favorecimento”, pontuou o delegado. 

Feminicídio 
Na época do crime, Vilela assumiu a autoria e afirmou, durante uma coletiva para a imprensa, que a motivação teria sido uma suposta traição da vítima.

“Um dia antes, eu peguei o celular dela e descobri que ela tinha me traído. Fiquei muito nervoso, usei muita droga e, no dia do churrasco, ela começou a me maltratar perto das amigas. Eu perguntei se ela tinha alguma coisa para me contar e foi aí que perdi a cabeça e deu no que deu", revelou. O assassino ainda confessou que já tinha agredido a vítima outras vezes.

Além do crime de feminicídio, o suspeito responde por outros dez roubos a motoristas de transporte por aplicativo. A Polícia Civil calcula que a pena para os crimes cometidos pelo suspeito possa chegar a 30 anos de prisão.