A Quaest Consultoria e Pesquisa também quis saber dos eleitores betinenses a preferência de voto deles para o governo de Minas Gerais. O que se observou é que há alternância da liderança da intenção de votos quando se comparam os cenários espontâneo e estimulado.
No caso da pesquisa estimulada, quando os nomes são apresentados ao eleitor, quem lidera a preferência dos betinenses é o prefeito Vittorio Medioli (sem partido), com 29% dos entrevistados. O governador Romeu Zema (Novo) aparece em seguida, com 22% das intenções de voto. Com 16%, em terceiro lugar, está o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD).
Ninguém, branco ou nulo foram citados por 15%, e outros 13% não souberam ou não responderam.
Esses índices são superiores aos de outros políticos colocados pelos pesquisadores: o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) aparece com 2%. A deputada federal Áurea Carolina (PSOL) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM) têm 1% cada.
Os demais nomes – Agostinho Patrus (PV), Paulo Brant (PDT), Julvan Lacerda (MDB), Marcus Pestana (PSDB), Duda Salabert (PDT) e os empresários Rubens Menin e Salim Mattar – ambos sem partido – não pontuaram no levantamento estimulado.
Espontânea
Quando os nomes não são apresentados ao entrevistado (pesquisa espontânea) e eles têm que dizer em que votariam para governador de Minas no próximo ano, 58% não souberam ou não responderam quem era seu candidato de preferência, e 16% afirmaram que votariam branco, nulo ou ninguém. A soma desses grupos equivale a três quartos dos entrevistados nesse cenário espontâneo.
Entre os políticos, o nome mais citado foi o do governador Romeu Zema, que teve 15% das intenções de voto, mas o índice é inferior aos indecisos e aos que votariam em branco ou nulo.
Alexandre Kalil tem 6% dos votos, Vittorio aparece em seguida com 3%. O deputado federal Aécio Neves (PSDB) tem 1%, e outros nomes somaram 1% também.
Segmentado
Quando é levado em conta o grupo de comerciantes e empresários entrevistados, a ordem de preferência dos betinenses é a mesma observada que na pesquisa estimulada.
Vittorio aparece com 36% da preferência, seguido por Zema, com 25%, e por Kalil, com 12%. Os demais nomes não passaram de 1% ou não pontuaram.
Para o cientista político e diretor da Quaest Consultoria e Pesquisa, Felipe Nunes, é natural que, neste momento, o número de indecisos seja alto, já que ainda não há uma definição certa de quem serão os candidatos.
“Estamos a 18 meses das eleições. Então, é natural que o eleitor não tenha nada definido, com uma escolha definitiva. Estamos distantes do pleito, e as pessoas tem outros temas mais importantes passando pela cabeça dele agora. Ao longo do próximo ano, a gente observará a redução dos indecisos e de quem vota em branco ou nulo quando os candidatos tiverem mais definidos. É uma processo natural”, analisou.