Vacinação

Betim não aplicou nenhuma dose de Coronavac dos lotes suspensos pela Anvisa

Segundo o município, a cidade recebeu 468 vacinas, mas os imunizantes não foram distribuídos para as UBSs

Publicado em 06 de setembro de 2021 | 19:17

 
 
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A Prefeitura de Betim, na região metropolitana, informou que não foi aplicada nenhuma dose da vacina Coronavac dos lotes que foram suspensos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada. 

A Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que a cidade recebeu 234 doses para primeira aplicação e outras 234 para dose de reforço. "Porém, elas não foram distribuídas às unidades de saúde, e, portanto, não houve aplicação", informou em nota oficial.

Motivo

A interdição de 25 lotes da vacina Coronavac, que protege contra a Covid-19, foi determinada pela Anvisa no último sábado (4). Ao todo, cerca de 12,1 milhões de doses tiveram o uso suspenso pela agência. A medida vale por até 90 dias.

Dados do Ministério da Saúde compilados pelo "Estadão" por meio da plataforma Base dos Dados mostram que quase todas as doses dos lotes suspensos foram aplicadas em São Paulo. Até o dia 31 de agosto, São Paulo tinha aplicado 3.314.292 unidades desses lotes, enquanto outros 19 Estados. juntos. foram responsáveis pela aplicação de 14 mil doses. 

Segundo a agência, os 25 lotes de Coronavac interditados foram envasados em uma unidade fabril chinesa não inspecionada pela Anvisa nem aprovada na Autorização de Uso Emergencial no Brasil. As doses foram enviadas pela Sinovac, parceira do Instituto Butantan no desenvolvimento e na produção da Coronavac.

A Anvisa diz ter sido avisada pelo Butantan, na noite de sexta-feira (3), de que as doses foram envasadas em local não inspecionado. Além desses lotes que já estão no Brasil, outros 17, com 9 milhões de doses que também foram envasados em local não inspecionado pela Anvisa, estão em tramitação de envio ao país.

Em nota, o Instituto Butantan afirmou que os imunizantes são seguros para a população e que todas as doses foram atestadas pelo "rigoroso controle de qualidade do Butantan".

O diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, disse em entrevista ao jornal "O Globo" que não há motivo para pânico. Barra Torres afirmou que a decisão de suspender o lote é por cautela e reforçou que a Coronavac é uma vacina segura.

(com Estadão Conteúdo)