Betgirls

Projeto de alunas de Betim é finalista nacional no Power4Girls

Jovens ficaram entre as melhores do programa de formação de líderes promovido pela embaixada dos Estados Unidos em parceria com o Instituto Gloria

Publicado em 07 de outubro de 2022 | 01:36

 
 
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Quatro alunas do campus Betim do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) – as Betgirls – conquistaram o terceiro lugar no Power4Girls – Empower to Lead!, um programa de formação de jovens líderes femininas promovido pela embaixada dos Estados Unidos em parceria com o Instituto Gloria (uma inteligência artificial criada para combater a violência contra mulheres e meninas). No mês passado, as estudantes apresentaram o projeto delas em uma feira de inovação em Brasília (DF) junto a outras 19 equipes.

Máyra Alícia, Dafne Vitória da Silva, Ellen Júlia e Kathleen Matos, todas de 17 anos, alunas do curso técnico integrado de química, propuseram a criação do Calflower, um corretivo de acidez do solo totalmente sustentável que utiliza rejeitos da mineração de calcário. “Escolhemos o eixo mineração por se tratar de uma atividade muito presente em nosso Estado. A mineração de calcário, por exemplo, fornece produtos importantes para a construção civil, mas não apresenta, na maioria das vezes, soluções simplificadas para o reúso dos seus rejeitos”, explica Máyra, idealizadora do grupo.

A ideia de participar da iniciativa surgiu a partir de um post no Instagram do próprio instituto. “A Máyra foi a primeira a conhecer o programa e me chamou para participar. Depois, fomos procurar outras meninas pra formar a equipe, que deveria ter três ou quatro componentes. Entramos em contato com a Ellen e a Kathleen, e elas quiseram participar. Juntas e com a ajuda do nosso professor e orientador tivemos a ideia do Calflower e nos inscrevemos”, relembra Dafne.

Segundo Ellen, o corretivo proposto pelas Betgirls foi pensado para auxiliar pequenos agricultores que buscam melhorar a qualidade das suas plantações. “No entanto, qualquer pessoa interessada em cultivar hortaliças e plantas poderá utilizá-lo, principalmente pela facilidade e pela praticidade da sua aplicação”, ressalta a estudante.

Experiência ímpar

Durante seis meses, as jovens de Betim foram assessoradas por uma mentora e também participaram de diversos workshops promovidos pela embaixada estadunidense. “Além disso, tivemos a oportunidade de criar uma rede de contatos com as estudantes que integravam as outras equipes”, frisou Kathleen.

A expectativa, agora, é que o projeto seja validado e possibilite a busca de parcerias e financiamentos para um possível registro de patente, bem como para a realização de melhorias no laboratório e a produção contínua, conforme explicado pelo professor de geografia que orientou o trabalho, Paulo Borges. “É um orgulho imenso apresentar o potencial do IFMG ao país e, sobretudo, observar o crescimento das orientandas na vivência científica e no crescimento/empoderamento pessoal”, concluiu Borges.