Polêmica

Suposta arma de brinquedo em colégio particular de Betim vira caso de polícia

Caso veio à tona depois que um estudante, de 16 anos, relatou o acontecido para a mãe; unidade diz que tomou providências cabíveis

Publicado em 23 de novembro de 2022 | 12:57

 
 
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Um aluno do 1º ano do ensino médio do colégio particular Santa Maria Minas, em Betim, na região metropolitana, teria sido flagrado por colegas da instituição de ensino com uma arma de brinquedo dentro da sala de aula. O caso, ocorrido no início deste mês de novembro, veio à tona depois que um estudante, de 16 anos, relatou o acontecido para a mãe, Ana Maria Guedes dos Santos, de 41 anos, que procurou a Polícia Militar para fazer um boletim de ocorrência. 

Na denúncia, ela revela que o filho contou que um colega estava com a arma de brinquedo no colégio e ainda teria levado para a escola cápsulas com cocaína, além de ter oferecido a droga para o filho dela. 

Ana Maria afirmou também no boletim de ocorrência que, após saber do fato, ligou para a colégio, conversou com o coordenador da unidade de ensino, que ele teria dito que tomaria as providências cabíveis. Contudo, dias depois, o aluno que supostamente levou a arma de brinquedo seguia frequentando as aulas normalmente. 

"Mesmo a escola afirmando que era uma arma de brinquedo, isso é incitação ao crime. Por mais que seja uma arma de brinquedo, é uma arma falsa, o que é também um crime. No caso do meu filho, ainda há outro agravante: o estudante que levou a arma ofereceu droga a ele. Para mim, o colégio está sendo negligente. Se o aluno que levou a arma fosse abordado pela polícia na rua, seria encaminhado para a delegacia e para o Conselho Tutelar", disse Ana Maria em conversa por telefone com a reportagem.  

Outra acusação

A mulher também acusa o colégio de, em outra ocasião, ter exposto o filho de 16 anos, que tem Transtorno de Espectro Autista (TDH) e Transtorno Opositor Desafiador (TOD), a uma situação vexatória após o adolescente ter arremessado uma bola de papel no ventilador do colégio. "Ele foi xingado de ‘palhaço’ pela diretora na frente de toda a classe e, depois disso, passou a se cortar com uma tarraxinha", conta Ana Maria.

Posicionamento

Por meio de nota, o Colégio Santa Maria Minas informa que não tem conhecimento do referido registro policial. A instituição destaca que "em todo o trabalho pedagógico e socioemocional realizado junto a seus estudantes, neuroatípicos ou não, é respeitada a individualidade da criança/jovem, não havendo exposição junto à comunidade escolar". 

"Esse cuidado é fundamental. Quando necessário, são realizados trabalhos coletivos junto a grupos de alunos (séries/anos), sem qualquer exposição individual. O Colégio Santa Minas Minas segue acompanhando atentamente o referido caso, tendo já tomado todas as providências que lhe são cabíveis", completa a nota.