Polícia

Exame comprova que homem acusado de estuprar enteada é o pai da criança

Suspeito fugiu para Betim, em 2021, após começar a ser investigado pelo crime nos EUA, onde vivia. Segundo a Polícia Civil, ele responde pelo crime de estupro de vulnerável

Publicado em 15 de fevereiro de 2022 | 16:18

 
 
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A Polícia Civil divulgou que o homem preso em setembro de 2021 suspeito de estuprar e engravidar a enteada quando a menina tinha com 13 anos, nos Estados Unidos, é o pai da criança.

O material genético dele foi coletado em Betim - cidade da região metropolitana onde ele passou a morar após fugir dos Estados Unidos - e repassado à Embaixada do país no Brasil. O material foi confrontado com os DNAs da vítima e da criança, que nasceu naquele país e que foram obtidos pelas autoridades norte-americanas. Os crime ocorreram na cidade de Quincy, no Estado de Massachussets (EUA).

O homem foi preso em setembro de 2021. Ele residia em Betim, para onde, segundo a PCMG, fugiu para tentar escapar do processo nos Estados Unidos , mas foi detido em Nova Lima, também na Grande BH. Uma cooperação entre as autoridades brasileiras e americanas resultou no compartilhamento de provas permitiu que ele fosse localizado e preso pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Betim (Deam). 

"De acordo com o resultado dos laudos, ficou comprovada a probabilidade de o suspeito ser o pai biológico da criança, fruto do suposto abuso sexual. Os dados foram determinados por 'procedimentos validados nos Padrões de Garantia de Qualidade do FBl para Testes de Laboratório de DNA Forense', segundo descrição do laudo", informou a Polícia Civil.

O homem responde pelo crime de estupro de vulnerável e segue preso. 

Acusado de estuprar a enteada 

Em setembro de 2021, após o homem ter sido preso, a Polícia Civil apresentou o caso em coletiva de imprensa. Segundo as informações, a família morava em Betim e foi para os Estados Unidos em agosto de 2019. Poucos meses depois, ele começou a fazer carícias, culminando nas relações sexuais com a enteada, na época com 12 anos, segundo as investigações. 

"Em 21 de setembro de 2020, a garota precisou de atendimento médico depois de sentir dores abdominais, e o hospital comunicou à polícia local que poderia se tratar de um caso de estupro de vulnerável. Os exames constataram ainda que a menina estava grávida de quase 3 meses. O caso foi para a Justiça americana, que iniciou o processo. Mas o homem, pensando em escapar da punição, que poderia ser até de prisão perpétua pelas leis americanas, fugiu para o Brasil", explicou a delegada Ariadne Coelho, na época da apresentação do caso.

O suspeito, primeiramente, foi para o México. Em 21 de outubro de 2020, ele desembarcou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde veio para Betim, pois possui familiares na cidade, como a ex-mulher e uma filha.

Já em fevereiro de 2021, a Interpol fez contato com a Deam de Betim após receber um ofício da Agência de Investigações de Segurança Interna, da Embaixada americana, do possível caso de estupro de vulnerável, informando que o suspeito teria fugido para o Brasil com a ajuda, supostamente, de uma irmã dele.

"Foram feitos levantamentos preliminares, e a polícia confirmou que ele estava residindo em Betim. A partir do consentimento da mãe da garota, que queria que o então companheiro fosse responsabilizado, foi realizada a colaboração das autoridades americanas e brasileiras e feito o pedido de compartilhamento de provas para que ele não ficasse impune. Isso porque o homem fugiu dos Estados Unidos acreditando que não responderia pelo crime. As provas foram validades pela Justiça, e o pedido de prisão temporária, expedido. Ele foi preso no local onde trabalhava, em Nova Lima", completou a delegada.

(com informações da PCMG)