A Prefeitura de Brumadinho, na região metropolitana de BH, informou que vai apresentar, nesta segunda (21), detalhes dos resultados obtidos com a análise de amostras da água do rio Paraopeba e da lama que invadiu dezenas de casas na cidade e também em municípios vizinhos, como Betim, na região do Citrolândia. De acordo com a prefeitura, o relatório apresenta um elevado índice de ferro, manganês, alumínio e outros elementos como silício, potássio e titânio. “Não podemos afirmar que a alta concentração desses elementos químicos se dá pela concentração dos rejeitos. Por isso, apresentamos o relatório ao Ministério Público para que as análises possam ser investigadas”, disse o coordenador do Departamento de Avaliações e Perícias da Prefeitura de Brumadinho, Cristiano Silva.
Segundo nota divulgada pela Prefeitura de Brumadinho na sexta-feira (18), o município encaminhou ao Ministério Público Estadual o laudo preliminar com os resultados da análise, realizada em parceria com as cidades de Juatuba, Mário Campos e São Joaquim de Bicas. O material foi coletado entre 17 e 19 de janeiro e analisado por um laboratório especializado e contratado pelas prefeituras.
Ainda conforme o relatório, a presença de ferro na água e na lama do Paraopeba chega a ser quase quatro vezes maior na área situada abaixo de onde os rejeitos da mina de Córrego do Feijão, que se rompeu em janeiro de 2019, atingiram o leito do rio. O manganês também apresentou índices acima do que a legislação permite. No caso do alumínio, a concentração passou de 3% a montante do rompimento da barragem para 27,8% em alguns pontos abaixo da área atingida.