Ícones

Elis Regina, Elza Soares e Maria Alcina inspiram projetos de cineasta mineira

Esses grandes nomes da música brasileira são temas de filmes da diretora Elizabete Martins

Publicado em 03 de março de 2022 | 21:50

 
 
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Elis Regina, a Pimentinha gaúcha, que, mesmo 40 anos após a sua morte, ainda figura entre as maiores cantoras do Brasil. Elza Soares, a diva negra de voz rouca inconfundível. Maria Alcina, a intérprete mineira conhecida pelo seu timbre grave e profundo.

No mês em que é lembrada em todo o mundo a luta pela igualdade dos direitos das mulheres, esses três grandes ícones da música brasileira se tornaram, juntos, inspiração para a divulgação de um projeto e para a produção de outros dois por uma talentosa cineasta e jornalista mineira, que se diz betinense de coração: Elizabete Martins Campos, já que mora na cidade de criança.

“Três mulheres, três grandes artistas, signos da genuinidade das artes brasileiras, três cantoras que marcam a história do povo brasileiro. Ter a oportunidade de mergulhar nesses universos e, de alguma forma, colaborar para que mais pessoas possam também, por meio do cinema, ter uma experiência musical e imagética com essas três forças, é algo que eu muito respeito, tanto pelas trajetórias de arte, quanto de vida das três. Para mim, de formas diferentes, representam a mulher brasileira, cada uma ao seu modo, com suas diversidades e riquezas culturais”, salienta a cineasta. 

Música e cinema

Das três cantoras pesquisadas pela diretora, a mais recente é a porto-alegrense Elis Regina. O acervo com a história dessa aclamada artista, que fica localizado na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é o eixo das filmagens do curta-metragem que será dirigido, em março, pela cineasta mineira. O documentário é patrocinado pelo Banrisul e realizado pela Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mário Quintana, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac-RS).

Entre os entrevistados do projeto audiovisual, estão o músico, compositor e jornalista Arthur de Faria, autor do livro “Elis, Uma Biografia Musical”, a ex-professora da cantora Aida Wailer Ferrás e Almiro Paiva Carvalho, tio de Elis, que participa das filmagens fazendo a doação, para o Acervo Elis Regina, de um instrumento que pertenceu à estrela.

Ainda em março, a diretora Elizabete Martins participa, neste sábado (6), na Cinemateca Paulo Amorim, em Porto Alegre, de uma sessão especial em homenagem à diva Elza Soares, cantora tema do seu primeiro longa-metragem, “My Name is Now”. O documentário, que será exibido gratuitamente na data, rendeu à cineasta duas estatuetas no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2019: a de melhor trilha sonora original, pela escolha do júri oficial, e a de melhor documentário, pela votação popular. 

No dia 19 de março, o longa também terá sessões gratuitas na Sala Nelson Pereira dos Santos e na Biblioteca Parque de Niterói, ambas no Rio de Janeiro, e, no dia 31 de março, será exibido no evento Brasil Musical, da Nitrato Filmes, que acontece na Casa do Cinema de Coimbra, em Portugal.

Ao mesmo tempo, a cineasta mineira divulga, durante o mês de março, seu segundo longa-metragem com a cantora Maria Alcina. A obra será filmada, em sua maior parte, em Cataguases, na Zona da Mata, terra onde nasceu a cantora, consagrada no “Festival Internacional da Canção, em 1972, com a música “Fio Maravilha”, de Jorge Ben. O projeto, que conta com a co-realização do Pólo Audiovisual da Zona da Mata e o patrocínio da Energisa, contudo, busca novos parceiros para as filmagens.

“Uma forma de participar é abater impostos, deduzindo até 6% do Imposto de Renda, no caso de pessoa física, e até 4%, no caso de pessoa jurídica (lucro real), por meio da Lei do Audiovisual”, explica Elizabete.