Crise hídrica

Betim decreta situação de emergência por causa da falta de abastecimento de água

Vários bairros da cidade estão sem fornecimento por causa do rompimento de duas adutoras da Copasa. Empresa diz que está realizando ações para minimizar impactos

Publicado em 04 de março de 2022 | 17:28

 
 
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A Prefeitura de Betim publicou um decreto, nesta sexta (4), declarando Situação de Emergência no município por causa do rompimento da adutora da Copasa, sobre o rio Paraopeba, que causou desabastecimento de água em vários bairros da cidade. 

Com isso, todos os órgãos municipais estão sendo mobilizados para atuarem nas ações necessárias pra se minimizarem os efeitos causados pela falta de água porque há a possibilidade de serviços essenciais serem paralisados. 

No decreto, o município também recomenda à população o consumo racional de água de forma para evitar a escassez completa dos reservatórios de água indispensáveis para os serviços essenciais. 

O prefeito de Betim, Vittorio Medioli (sem partido), fez uma transmissão em suas redes sociais recomendando que a população economize água. "Há um colapso no sistema de abastecimento de água. Vários bairros de Betim estão sem água, escolas foram afetadas. Então, estou pedindo a todos que procurem economizar", disse. 

Nesta sexta-feira (4), nove unidades escolares da rede municipal de ensino tiveram as aulas suspensas em consequência do desabastecimento. Além disso, unidades de saúde e de assistência social também registraram falta de água e precisaram ser abastecidas com caminhão-pipa.                                       

Na regional Vianópolis, que faz divisa com Juatuba, 16 bairros não têm fornecimento de água desde a terça (1º), quando a adutora se rompeu. Eles estão sendo abastecidos por caminhões-pipa para encher os reservatórios. Na região Central, lojas e escolas também registraram falta de água. 

"A Prefeitura de Betim reafirma que vem  mantendo contato permanente com a Copasa para assegurar solução rápida e definitiva para o problema", disse em nota.

Em nota, a Copasa disse que está investigando as causas do acidente da adutora e que está fazendo obras paliativas para normalizar o atendimento, mas que o serviço só será normalizado em 30 dias. "Paralelamente, a companhia já está mobilizada para providenciar o material necessário para a obra definitiva que será entregue em no máximo seis meses", informou. 

"Considerando o rompimento da adutora do Sistema Serra Azul, nas proximidades de Vianópolis, o sistema está com sua capacidade de produção afetada, atendendo nesse momento, somente os municípios de Juatuba e Mateus Leme. Para suprir o déficit de produção devido à redução de oferta de água pelo Serra Azul, a Copasa vem mantendo a produção dos demais sistemas em sua capacidade com o objetivo de realizar manobras operacionais para transferências de água tratada entre os sistemas", completa a nota.