'Entrou pra História'

Rodovia Fernão Dias: construção da via impactou o desenvolvimento de Betim

Em 1959, para a inauguração do trecho de BR-381, foi erguido um monumento que simbolizava a parte mineira da obra na cidade

Publicado em 21 de julho de 2022 | 16:04

 
 
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Na coluna #EntrouPraHistoria desta quinta-feira (21), no Instagram do #OTB , contamos como se deu a construção de uma das principais vias não só de Minas Gerais, como do país - a BR-381, e como ela foi definitiva para o desenvolvimento econômico da de Betim, na região metropolitana de BH.

A história da rodovia começa na época dos conquistadores bandeirantes, no século XVII. O bandeirante Fernão Dias Paes Leme, que esteve nos sertões de São Paulo e de Minas Gerais a procura de esmeraldas, foi o responsável pela abertura do caminho original, cujo traçado orientou o surgimento da hoje conhecida rodovia Fernão Dias.

Em 1959 foi inaugurado o lado mineiro da rodovia e o evento aconteceu em Betim. A primeira etapa da construção abrangeu 485 quilômetros, de Belo Horizonte à cidade de Extrema, no sul de Minas.

Para a inauguração do trecho foi erguido um monumento que simbolizava a parte mineira da obra, e uma edificação destinada a servir de posto de fiscalização para a Polícia Rodoviária Federal (que em Betim ficou popularmente conhecida como “Barreira”.

Esta estrada tem papel fundamental para a implantação da indústria na cidade. Foi a partir da sua inauguração que o município iniciou seu processo de industrialização e urbanização que abrangeu toda sua região, promovendo significativas alterações no desenho geográfico e populacional do município.

O evento de inauguração contou com a presença do então presidente do Brasil,  Juscelino Kubitscheck, que tinha como meta tirar o país da estagnação econômica em que se encontrava. A construção da rodovia se deu como parte deste propósito.
 
Não é apenas a ligação entre as duas capitais que se faz, mas de Estados e regiões de boa parte do país. Com isso, o transporte é intensificado e a indústria tem um corredor de escoamento de produtos.

No trajeto atual, a rodovia Fernão Dias possui uma extensão total de 1183 quilômetros, dos quais 95 são em São Paulo, 940 em Minas Gerais e 148 no Espírito Santo.

O tráfego hoje é composto 34,8% por veículos comerciais e 65,2% por veículos de passeio. Desde agosto de 2008, a rodovia passou a ser administrada pela Arteris.

O conjunto arquitetônico formado pelo monumento e pelo posto foi tombado pelo município em 2004 e, pouco tempo depois a "antiga barreira” foi demolida pelo órgão federal responsável, durante o processo de duplicação da rodovia.