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Com os cães da Guarda de Betim, ‘missão dada é missão cumprida’

Animais atuam na proteção das abordagens, ajudam a encontrar drogas e ainda fazem a alegria de crianças e adultos em escolas e asilos

Publicado em 22 de julho de 2022 | 12:44

 
 
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Eles são o terror dos traficantes de drogas e dos bandidos. Farejam à distância a criminalidade. E também fazem a alegria de crianças e adultos. Com Bolt, Black, Brida, Tyson, Blade, Thor – todos da raça Malinois – Fox – um Border Colie – e Tiãozinho – da raça Blue Heeler –, os oito cães que atuam e estão sendo treinados no Grupamento de Operações com Cães da Guarda Municipal de Betim, não tem vez: “missão dada é missão cumprida”. 

Para entrar pra equipe, os animais passam por testes comportamentais, morfológicos e genéticos. Os filhotes selecionados têm que realizar um intenso treinamento, promovido à base de muitas brincadeiras e carinho, pelos adestradores voluntários Pedro Hot, do canil Sertão Mineiro, em Itaúna, e Leonel Queiroz, do CTC Leonel Queiroz, em Lagoa Santa. Segundo os guardas municipais, esses ensinamentos servem para dar direcionamento para o que aquele cão ou aquela cadela tem mais aptidão.

“Os treinamentos duram, em média, dois anos e são feitos à base de brincadeiras. Os animais não sofrem nenhum tipo de maus- tratos e não são obrigados a fazer nada que não queiram. Tudo para eles é uma brincadeira, e eles fazem com a intenção de ganhar uma recompensa, que pode ser um brinquedo, como uma bolinha, ração ou petiscos. Outro mito que existe e que fazemos questão de desmentir é que os treinamentos de faro para os animais farejadores deixam os pets viciados. Não utilizamos nenhum entorpecente. Esses treinos são realizados com o método nose-mp, que é um sistema de odor real para treinamento e formação de cães de detecção”, explica o guarda municipal João Menezes, que conduz Blade e Tyson.

Os cães de proteção auxiliam os guardas, junto a eles, nas viaturas, nas abordagens e nas patrulhas diárias. A atuação dos animais é de menor potencial ofensivo, ou seja, ocorre com a intenção de o guarda não precisar utilizar a arma de fogo nas abordagens, o que, conforme os agentes, acaba gerando melhores resultados nas operações. “Há ainda o cão de faro, que fareja entorpecentes, e o cão farejador e de proteção, que, além de encontrar a droga, ajuda a proteger os guardas”, completa o profissional.

Outra função de extrema importância no canil é a do dog-show, onde os cachorros são treinados para se tornarem aptos a atuar em sessões de terapia ou assistência emocional. Depois de treinados, os animais passam a participar dos patrulhamentos e, ao se aposentarem, quando atingem cerca de 8 anos, são encaminhados para a adoção responsável. Nesse caso, a prioridade para se tornar um tutor é a do guarda que era o condutor do animal.

“Não podemos cansar os animais demais, porque, caso precisemos da ação efetiva deles em alguma abordagem, eles estarão cansados. Tentamos fazer uma escala de plantão, em que o cão trabalha um dia sim, um dia não”, esclarece a guarda municipal Keila Oaks, responsável pelo Fox e pela Brida.

De acordo com Vagner Domingos, os cães são uma ferramenta de apoio à Guarda. “Dependendo da situação, eles impõem mais respeito do que a própria arma de fogo”, afirma.

Grupamento funciona no parque de exposições

O canil do Grupamento de Operações com Cães da Guarda Municipal de Betim foi montado no parque de exposições, no bairro Angola, em 2016, e contava, inicialmente, com três animais que, hoje, têm 6 anos de idade: são eles os irmãos Bold, que atuam na proteção, Brida, que é uma cadela farejadora, e Black, que tem dupla atuação, ou seja, fareja e protege.

Em 2017, um decreto publicado no “Órgão Oficial” oficializou a criação do grupamento, que, hoje, conta com o reforço de oito cães. “Além dos irmãos Bolt, Black e Brida, os primeiros cães do canil, contamos com a presença dos irmãos Blad e Taisson, de 2 anos, que estão iniciando os treinamentos, e Thor, um cão de apenas 2 meses, mas que, já percebemos, é muito esperto, rápido e corajoso. Não podemos nos esquecer do Fox, que é um cão sem agressividade e usado para fazer as visitas sociais da Guarda em escolas e asilos, e do Tiãozinho, de 2 anos, que está sendo treinado pra fazer as apresentações de dog-show e agility”, diz João Menezes.

Na rotina de trabalho, pets e guardas criam um vínculo afetivo

Para a guarda municipal Keila Oaks, passar o dia com esses animais é extremamente gratificante. “É muito prazeroso a gente atuar com eles. Apesar de, vez ou outra, levarmos umas mordidas (brinca ela), é muito gratificante. A gente cria muito amor por cada um deles. Esses animais se tornam, para nós, verdadeiros filhos. A gente trabalha aqui, vai embora pra casa e volta com prazer pra retornar. Podemos estar tristes, chateados no dia, que, ao estarmos com eles, nosso humor muda”, afirma.

Para a guarda municipal Keila Oaks, passar o dia com esses animais é extremamente gratificante. “É muito prazeroso a gente atuar com eles. Apesar de, vez ou outra, levarmos umas mordidas (brinca ela), é muito gratificante. A gente cria muito amor por cada um deles. Esses animais se tornam, para nós, verdadeiros filhos. A gente trabalha aqui, vai embora pra casa e volta com prazer pra retornar. Podemos estar tristes, chateados no dia, que, ao estarmos com eles, nosso humor muda”, afirma.