Para empresas

Abertura de mercado barateia a conta de luz

Consumidores de alta e média tensão poderão escolher o fornecedor de energia elétrica a partir de janeiro; novidade foi tema de evento em Betim

Publicado em 03 de agosto de 2023 | 22:29

 
 
Mudança deve gerar preços mais interessantes e melhorar a eficiência do setor, segundo o MME Mudança deve gerar preços mais interessantes e melhorar a eficiência do setor, segundo o MME Foto: Ronaldo Silveira
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A partir de janeiro do ano que vem, os consumidores de energia de alta e média tensão (classificados como Grupo A) – leiam-se grandes comércios e indústrias, e pequenas e médias empresas – poderão comprar eletricidade do fornecedor que quiserem. A abertura, viabilizada pelo Mercado Livre de Energia, está prevista na Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME). Para aderir a esse modelo, porém, os clientes precisam renunciar ao contrato atual com a antecedência mínima de seis meses.

Em razão desse prazo, a Gerência de Energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) vem promovendo encontros com empresários de vários municípios para tirar dúvidas, orientar e fazer simulações com fornecedores que possam oferecer um serviço mais em conta. Nessa quinta-feira (3), foi a vez de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, receber o Café com Energia. O evento aconteceu no Clube Sesi, no Chácara. “A Gerência de Energia busca para os associados soluções em redução de custo de energia e de poluição do meio ambiente. Estamos promovendo esse evento itinerante para apresentar soluções. O momento é agora”, explicou a gerente de Energia da Fiemg, Tânia Santos, referindo-se às condições estabelecidas pelo governo federal para a renúncia do serviço vigente prestado pela distribuidora.

Como funciona

A contratação de um novo supridor de energia elétrica será permitida para consumidores conectados em média tensão com demanda contratada a partir de 30 kW. De acordo com o MME, a abertura do mercado a esse grupo vai proporcionar mais liberdade de escolha aos clientes, visto que ela amplia a competitividade ao dar acesso a outros fornecedores. “A abertura traz também autonomia ao consumidor, que pode gerenciar as suas preferências, podendo optar por produtos que atendam melhor ao seu perfil de consumo, como os horários em que necessita consumir mais energia”, destacou a pasta. O ministério ainda ressaltou que “a concorrência tende a proporcionar preços mais interessantes, melhorando a eficiência do setor elétrico e também da economia brasileira”.

Segundo o MME, estudos e projeções de mercado indicam que a abertura não vai impactar os consumidores que permanecerem nas distribuidoras.