Após divulgar que a interligação da nova adutora sobre o rio Paraopeba, entre Betim e Juatuba, aconteceria na última quarta-feira (10), a Copasa anunciou que o serviço precisou ser adiado. Segundo o gerente de produção de água da região metropolitana da empresa, o engenheiro Alexandre Virgilio da Costa, de 48 anos, a interligação está prevista, inicialmente, para ocorrer no dia 21 deste mês.
A estrutura foi projetada no aço, possui 1.300 mm de diâmetro e terá vazão para 2.400 litros de água por segundo. De acordo com o engenheiro, diferentemente da adutora anterior, que era suportada por uma treliça, a nova foi construída no formato de arco e possui a mesma capacidade da que se rompeu no dia 1º de março deste ano.
“O benefício é que o arco dificulta o acesso indevido a estrutura da adutora, antes pessoas não autorizadas transitavam pela treliça”, explicou Costa.
Segundo a Copasa, a interligação que estava prevista para a última quarta-feira (10) não ocorreu em função da falta de energia em Belo Horizonte e Nova Lima ocasionada por incêndio em uma subestação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), no bairro São Pedro, na capital. De acordo com a empresa, o acidente teria provocado um desequilíbrio no sistema de água da região metropolitana, por isso o adiamento se fez necessário.
No dia 1º de março deste ano, a adutora da Copasa, sobre o rio Paraopeba, entre Betim e Juatuba, se rompeu e comprometeu a capacidade de abastecimento de 1 milhão de habitantes. Na primeira semana do acidente, ao menos 60 bairros da capital, de Contagem e de Betim registraram falta de água. Escolas do município e outros equipamentos públicos chegaram a ter que suspender o atendimento.
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais a suspeita é que duas pessoas tenham causado um incêndio no local, o que resultou no rompimento da adutora do sistema Serra Azul.
No mesmo período, a empresa iniciou um esquema de rodízio de água entre os bairros de Betim e da região metropolitana. Cerca de 2 milhões de pessoas foram afetadas. Na época, moradores relataram inúmeras dificuldades e transtornos.
Após 18 dias do acidente, a Copasa anunciou o fim da primeira etapa das obras de recuperação das interligações, feita de forma provisória até que a nova adutora fosse concluída. Na época, a empresa informou que a conclusão levaria cerca de seis meses, prazo que termina neste mês.