Acidente

Betim: Fardo cai a 5 m de altura e atinge cliente em supermercado

Mulher de 37 anos sofreu luxação no pé direito e passa bem; ela e o marido precisaram adiar inauguração de empreendimento que abririam no dia seguinte na cidade

Publicado em 30 de dezembro de 2022 | 19:34

 
 

Uma mulher de 37 anos sofreu luxação no pé direito após ter sido atingida por um fardo de água que caiu de uma altura aproximada de 5 metros dentro de um supermercado em Betim, na região metropolitana de BH.

O acidente aconteceu na quarta-feira (28), em um dos corredores do Mart Minas, inaugurado recentemente no município, no dia 22 deste mês.  
 
De acordo com o empresário Leandro Vieira de Andrade, de 40 anos e marido da vítima, Karine Helen Antunes dos Santos, eles estavam fazendo compra dos últimos itens para inaugurar, no dia seguinte, uma área kids no bairro Niterói, quando um repositor que trabalha no local deixou cair o fardo, com um peso estimado de 12 kg, segundo ele.

“Foi um susto muito grande. Juntando peso e altura, deve ter sido um total de 30 kg sobre o pé dela, que precisou ser imobilizado por uma equipe do Hospital Regional, para onde fomos depois. Agora, ela terá que ficar dias de repouso, e tivemos que adiar a inauguração do negócio para terça, dia 3”, lamenta Vieira, que não pretende acionar a Justiça contra o supermercado, mas faz um alerta a todos os empresários do ramo quanto ao manuseio de carga suspensa. “Se o fardo tivesse atingido a cabeça dela, poderia ser fatal. E o pior é que não havia um posto médico ou um profissional de saúde para nos atender. O gerente nos levou até o hospital no próprio carro”, contou.

Procurada, a assessoria de imprensa que atende à rede emitiu uma nota em que diz que a empresa  possui um departamento exclusivo para orientação, prevenção e controle da segurança de funcionários e clientes. Sobre o atendimento ao casal, o texto informa que a gerência da loja prontamente providenciou deslocamento e acompanhamento para atendimento imediato. “A empresa deixou o contato e se disponibilizou a atender eventuais outras necessidades que a cliente viesse a ter”, diz a nota.

 Quanto à ausência de posto médico ou de um profissional da saúde na unidade, a rede alega que “não há previsão na legislação para que supermercados ou hipermercados possuam posto especializado, sendo necessário que um profissional seja acionado em ambiente próprio e controlado para atendimento médico correto”.

Para Leandro Vieira, o risco de acidentes durante o manuseio de cargas suspensas é alto. Ele defende uma revisão das normas que tratam desse tipo de atividade. “É preciso empregar toda a experiência, a atenção e a segurança possíveis para executar com eficiência os movimentos e evitar problemas para funcionários e clientes. Que esse acidente sirva de alerta para todos os atacadistas”, conclui.