Luto à rainha

Betinense acompanha cortejo fúnebre da rainha em Londres

Gustavo Almeida está em Londres para estudar e presenciou de perto um dos momentos mais marcantes da história

Publicado em 19 de setembro de 2022 | 21:37

 
 
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Presenciar de perto um momento que entrará para os livros de história daqui alguns anos: a cerimônia fúnebre da rainha Elizabeth II. É o que aconteceu com o betinense Gustavo Almeida, que está Londres para um intercâmbio. Ele se juntou à multidão nas ruas de Londres, nesta segunda-feira (19), para acompanhar o cortejo do caixão e dar o último adeus à rainha. 

Ele descreve a experiência como impactante em sua vida. "Hoje foi um momento marcante em Londres, na qual todos puderam participar da cerimônia do funeral da Elizabeth II. Ver na televisão deve ser admirável, mas estar aqui é outra coisa, é sobrenatural. Fui ao funeral por ser um momento histórico tanto para o país e para mim", conta.

O brasileiro ainda fez questão de registrar e compartilhar em rede social um vídeo em que mostra os trechos do seu trajeto até chegar ao local da homenagem. "Agradeço a Deus por proporcionar tudo isso e ainda em um momento histórico para o país.", escreve na legenda da publicação. 

Formado em Ciências Biológicas e especiliasta em perícia criminal, Gustavo também elogia a cultura do país diante deste episódio. "É um país na qual educação é uma das melhores do mundo e proporciona o que vocês podem ver na televisão: organização, padronização, civilização, entre vários outros aspectos. Somente estando aqui para viver esse momento de fato.", avalia.

Protocolos 

A rainha Elizabeth 2ª foi sepultada, na tarde desta segunda-feira (19), ao lado de seu marido, o príncipe Philip -morto no ano passado. O enterro aconteceu na capela de St. George, nos arredores do Castelo de Windsor, após 11 dias de sua morte. "A rainha foi enterrada junto com o duque de Edimburgo, na Capela Memorial do Rei George VI", disse o comunicado da família real britânica. Os eventos marcam os últimos ritos de um longo adeus iniciado no último dia 8, quando foi anunciada a morte da soberana, aos 96 anos.

Depois, a protocolar jornada do corpo da rainha do local de sua morte, em Balmoral, na Escócia, foi acompanhada de perto pelo público até a sua chegada à capital inglesa, na terça passada. O caixão foi exibido por cinco dias no Salão de Westminster, e milhares de britânicos enfrentaram filas gigantescas por uma chance de homenagear pessoalmente a soberana. Era ali que o corpo da rainha repousava até as 6h40 desta segunda quando, ao ser erguido pelos chamados carregadores reais, deu-se início ao funeral de Estado.

Depois do funeral, o caixão foi levado por marinheiros por Londres em um dos maiores cortejos militares já vistos em Londres, com dezenas de membros das Forças Armadas trajando figurinos cerimoniais. Eles marchavam de acordo com a melodia fúnebre tocada pela banda marcial ao mesmo tempo em que o Big Ben marcava os minutos ao fundo. 

A procissão foi encerrada com a chegada do corpo de Elizabeth 2ª ao Arco de Wellington, monumento construído no Hyde Park no século 19 para comemorar as vitórias do Reino Unido contra Napoleão. Dali, o caixão viajou em um carro fúnebre até o Castelo de Windsor, a oeste de Londres, onde a rainha seria enterrada ao lado de seu marido, Philip. 

Uma última cerimônia oficial ainda foi realizada em Windsor, na Capela de Saint George. Ao final dela, a congregação cantou o hino nacional em sua forma atualizada, God Save The King, ou "Deus Salve o Rei" -a versão personalizada para Charles da frase que dá título ao hino nacional britânico e que se tornou uma espécie de slogan da monarquia. O enterro de fato foi restrito aos membros da realeza, um dos raros momentos dos vários dias de cerimônia em que a família teve sua privacidade preservada.

*Com agências