Tragédia

Betinense ajudou vítimas dos terremotos na Turquia

Roberta Letícia, de 32 anos, vive no país desde 2020 e está com um grupo de voluntários da organização Borders of Love; confira fotos

Publicado em 23 de fevereiro de 2023 | 16:31

 
 
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Uma betinense de 32 anos está na Turquia atuando como voluntária em apoio às vítimas do terremoto. A publicitária Roberta Letícia mora no país desde 2020 e ficou por alguns dias na cidade de Hatay, ao sul do país, uma das atingidas pelo tremor que aconteceu no dia 6 de fevereiro e impactou a Turquia e a Síria.

Ela está com um grupo de outros voluntários pela organização Borders of Love (Fronteiras de Amor). “Estamos trabalhando tanto com os voluntários quanto com a equipe de resgate, servido a eles comida, água e produtos de higiene pessoal”, conta a betinense.

Ela relata que também tem dado suporte aos moradores da região que perderam tudo. O grupo vai às vilas, aonde o resgate não chegou, com carros próprios, levando doações como fraldas, absorventes, comida e água. Eles também ficam por 24 horas servindo chá e café para todos, para amenizar as baixas temperaturas na região.

Segundo Roberta, o trabalho é oferecer o suporte necessário para a equipe de apoio e para as vítimas: “Não estamos resgatando as pessoas dos escombros. Mas estamos ao redor, ajudando da forma como podemos. A gente está abraçando as pessoas, estreitando relacionamento, chorando e orando com elas”.

Tristeza

Até o momento, cerca de 50 mil pessoas já morreram em decorrência dos terremotos – houve ao menos mais um em Hatay. Equipes de resgate atuam sem parar desde 6 de fevereiro revirando escombros.

Roberta relata que conversou com socorristas ao longo desses dias e que várias informações a deixaram impactada. O que mais a chocou foi a notícia de que alguns prédios infelizmente não podem ser acessados pelos socorristas, pois os profissionais correm o risco de cair e colocar em risco os próprios profissionais. “Tem muita gente viva e morta que não podem ser procuradas”, lamenta. 

Serviço

Roberta está em Istambul nesta semana, mas retornará a Hatay nos próximos dias. Ela e os demais voluntários vão se instalar em um salão de festas para servir almoço e jantar a socorristas e vítimas, um total de 1.000 marmitex em cada refeição, além de chá e café. Eles também fazem atendimento social e acolhimento.

Outro trabalho realizado por Roberta é o de tradutora nas ambulâncias. Muitos médicos falam inglês ou espanhol, e, como ela domina o idioma turco, pode traduzir os atendimentos.

Confira o relato na íntegra: