Representatividade

Conheça os finalistas do concurso Beleza Negra, realizado em Betim

Final será realizada no dia 1º de dezembro com shows na Casa da Cultura Josephina Bento

Publicado em 17 de novembro de 2023 | 16:54

 
 
Regional Alterosas. Representantes: Mariane Paula Morais e Wendel Silva Regional Alterosas. Representantes: Mariane Paula Morais e Wendel Silva
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Falta pouco para Betim, na região metropolitana de BH, conhecer os vencedores da 5ª edição do concurso Beleza Negra, evento promovido pelo Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial. A final será no dia 1º de dezembro, em um evento no quintal da Casa da Cultura Josephina Bento a partir das 19h, com shows da banda Raça Brasileira e do DJ Scott.

De acordo com o coordenador da comissão organizadora do concurso, José Joaquim de Brito, o Janaúba, cerca de 250 pessoas participaram das seletivas regionais, culminando em dez casais finalistas.

“Esse concurso é uma forma de incluir as pessoas das periferias para participarem do concurso e também pra mostrarmos a elas que podem ser empoderadas e ocuparem todos os espaços da sociedade”, destaca Janaúba. 

Premiação

Cada integrante da dupla que conquistar o primeiro lugar ganhará aproximadamente R$ 5.000 em prêmios. A segunda colocada receberá cerca de R$ 3.500, e o casal que conquistar o terceiro lugar levará para casa um valor aproximado de R$ 2.500 em prêmios.

Contribuindo com a proposta de fortalecimento da autoestima, na última terça (14), os finalistas participaram de uma roda de conversa sobre empoderamento negro, mediada pela jornalista e editora de Cidades do jornal O TEMPO, Tatiana Lagôa.

“É um concurso que fala muito mais do que beleza, mas também sobre empoderamento da juventude negra. Conversei com os candidatos e vi que eles são superempoderados. Eles sabem o valor da negritude”, salientou  jornslista, que também será uma das juradas na final.

Conheça quem são o finalistas e o que eles pensam do concurso:

  • Regional Alterosas

Mariane Paula Morais, 26: “É muito importante ter essa representatividade para que outras mulheres e meninas possam nos ver. Decidi participar pra fortalecer essa questão da identidade e também pra termos espaço de fala.”

Wendel da Silva, 28: “Eu vi uma oportunidade de mostrar realmente a beleza dos traços negros, além de contribuir com a inserção do negro na sociedade e na quebra de padrões. Viemos com tudo na questão racial.” 

  • Regional Centro

Paloma Benevenuto, 18: “O Beleza Negra é muito mais do que um concurso de beleza. Ele também contribui para o empoderamento do nosso povo e para a representatividade da comunidade negra na cidade.”

Deleon Souza, 27: “O concurso não mostra somente quem é o preto mais bonito, pois todos têm sua beleza. Mas também mostra a importância do empoderamento negro para Minas Gerais e para o Brasil.”

  • Regional Citrolândia

Dominique Soares, 23: “O concurso Beleza Negra tem um papel muito importante porque nós, negros, ainda somos muito discriminados. Então, esse evento é uma forma de sermos reconhecidos e empoderados.”

Wanderson Ribeiro, 26: “Decidi participar para mostrar que nós, negros, podemos chegar aonde quisermos. E é isso que queremos expor para o público: que temos capacidade para fazermos tudo e estarmos em todos os locais.”

  • Regional Icaivera

Giovanna Dutra, 15: “Representar as mulheres negras do Icaivera seria muito legal. Por isso, decidi participar desta edição. Além disso, acredito que o concurso contribui para o empoderamento do povo preto.”

Werlloany Nascimento, 18: “Quis fazer parte do concurso neste ano porque acredito que, dessa forma, vou ajudar a incentivar outras pessoas pretas a se aceitarem como são e contribuir para que elas sejam empoderadas.”

  • Regional Imbiruçu

Ana Stephany Borges, 17: “Minha família me motivou bastante a estar neste concurso, e eu creio que é uma excelente oportunidade para mim. Além disso, é uma ótima forma de mostrarmos toda a beleza que nós, negros, temos.”

Davidson Nascimento, 36: “Fui motivado a participar por amigos e colegas de trabalho. Fiquei tímido no início, mas deu tudo certo. Agora, estou com expectativa de vencer e muito feliz por fazer parte desta edição do evento.”

  • Regional Norte:

Kelly Ventura, 25: “Eu já havia sido convidada para o concurso, mas nunca me achei capaz. Hoje entendo que todos podemos, sim, participar de um evento de beleza. Quero ajudar a incentivar outros negros a estarem nos anos seguintes.”

Ualter Ventura, 29: “Não há diferença de beleza entre pretos e brancos. Porém, acredito que o concurso representa a nossa beleza negra e contribui pra que possamos ter nosso espaço. Afinal, creio que os traços negros representam o Brasil.”

  • Regional Petrovale

Giovana da Silva, 19: “Meu pai me motivou a me inscrever, pois sempre disse que tenho uma beleza muito diferente. Topei participar e espero contribuir com as discussões sobre como todos os negros são lindos.”

Kauan Alves, 19: “Eu não esperava ganhar na minha regional, pois entrei inseguro. Esse título foi importante para elevar minha autoestima, e creio que essa mudança de mentalidade acontece com todos os participantes.” 

  • Regional PTB

Ana Flávia Silva, 24: “Antes de participar, eu tinha a autoestima baixa, mas, quando ganhei na seletiva, foi surreal. Esse concurso mudou minha perspectiva de vida, pois passei a ter um olhar diferente sobre minha beleza e minha pele.”

Gabriel Patrício, 32: “Esse concurso tem a importância de mostrar nossa capacidade enquanto negros. Não somente nossa história passada, mas nosso potencial de beleza, que é único. Não é rotulado, mas é algo que somente nós temos.”

  • Regional Teresópolis

Joice Coimbra, 22: “Hoje em dia, a cor preta tem poder, mas muitos fazem com que a gente perca essa percepção. Participar desse concurso é uma forma de ganharmos voz, de termos nosso espaço e mostrarmos que somos todos iguais.”

Victor da Silva, 17: “Esse concurso é muito importante porque luta por uma causa grande e vai ajudar cada vez mais pessoas que têm vergonha da cor a se aceitarem, mostrando como elas são importantes e bonitas.”

  • Regional Vianópolis

Francielle Cassiano, 25: “Perdi meu irmão, que sempre me incentivou, e vou homenageá-lo como pessoa preta. Além disso, quero mostrar para as crianças e adultos que sofrem preconceito que devem se aceitar como são.”

Orleidiano Cruz, 25: “Muitos duvidavam da minha capacidade, e era difícil ter coragem para participar de eventos. Agora, vi que sou capaz. Quero mostrar que nós, negros, temos força para enfrentar qualquer coisa.”