Educadora Celme Alzamora, de Betim, deixa forte legado de amor

Faleceu, na última terça-feira (18), a professora aposentada Celme Celina Coelho Alzamora, aos 88 anos, com falência dos órgãos após contrair uma broncopneumonia e uma anemia. O sepultamento aconteceu na quarta (19), em São Lourenço, no Sul de Minas, onde ela estava morando junto com o marido, Galba Alzamora, de 87 anos, e uma das filhas, Ariane Alzamora, desde a pandemia da Covid-19. 

Segundo Rejane Alzamora, a outra filha do casal, com quem a reportagem de O Tempo Betim conversou nesta quinta (20), dona Celme tinha Alzheimer havia dez anos, mas o estado de saúde dela, forma geral, estava bom. Além do senhor Galba e das duas filhas, dona Celme deixa quatro netos e um bisneto. 

Dona Celme era natural de Bambuí, mas a maior parte de sua vida morou em Betim. Foi aqui também que dona Celme se estabeleceu profissionalmente. Por muito anos, comandou a famosa escolinha Janelinha do Saber e também trabalhou no colégio Afonso Pena como alfabetizadora e professora por muitas décadas. 

“Além de ter alfabetizado centenas ou mesmo milhares de pessoas, ensinou muitas pessoas que se tornaram professoras como ela na cidade”, conta Rejane. “É impressionante como ela, mesmo com Alzheimer, lembrava-se de muitos dos alunos que teve”, diz Rejane. 

Para a filha, duas palavras representam a mãe dela: alegria e amor. “Todo ambiente em que estava e todas as pessoas que a rodeavam sentiam essa alegria dela. Com ela não tinha tristeza. Sem contar que era uma pessoa de coração muito bom, ajudava demais todos, até mesmo quem não conhecia. Ela acreditava no ser humano e fazia o que podia para ajudar todos”, ressalta Rejane. Dona Celme atuou como voluntária na Pastoral da Criança e na farmácia da Igreja São Francisco de Assis. 

A missa em homenagem a dona Celme Alzamora será realizada em Betim, na Igreja Nossa Senhora do Carmo, na região Central de Betim, no domingo (23), às 19h.