Terá início, na próxima terça-feira (2), o trabalho de campo dos pesquisadores para mapear a circulação do novo coronavírus em Betim. Ao todo, 36 equipes – compostas por um enfermeiro, um agente de saúde e um motorista cada uma – estarão nas dez regionais da cidade para a aplicação de dois tipos exames na população.
O teste rápido identifica se a pessoa já foi contaminada pelo coronavírus em algum momento. Já o PCR determina se a pessoa está com o vírus no momento do exame, manifestando ou não sintomas da doença.
Os resultados darão subsídio para o planejamento de ações de combate ao coronavírus e para a organização da rede SUS Betim para atendimento à população.
Serão 1.080 moradores de todas as faixas etárias, podendo chegar a 5.400 nas etapas posteriores. As equipes receberam capacitação para desenvolverem o trabalho.
“A coleta do material será realizada pelos enfermeiros, que foram treinados, assim como os demais profissionais, que estão aptos a dar todas as orientações aos moradores. O objetivo da pesquisa é identificar a circulação do vírus na cidade, ter um retrato por região para que possamos ter um conhecimento real da situação, principalmente das pessoas assintomáticas, que podem estar com o vírus, mas que não desenvolveram os sintomas”, disse o secretário adjunto de Gestão da Saúde, Augusto Viana.
O secretário pede a colaboração da população e reforça a segurança da pesquisa. “Pedimos que os moradores recebam as equipes. Todos os integrantes que vão a campo estarão identificados e foram submetidos a testes para a Covid-19, ou seja, há total segurança na realização desse trabalho, que será muito importante. É um grande desafio o enfrentamento ao novo coronavírus e contamos com a população”.
Parceria
A pesquisa segue o protocolo da Organização Mundial de Saúde (OMS) e está sendo desenvolvida pelo Núcleo de Pesquisa da Escola de Saúde Pública de Betim, ligada à Secretaria Municipal de Saúde, com a atuação de servidores municipais da Secretaria Municipal de Saúde e Superintendência de Tecnologia da Informação. A coordenação é da doutora Ana Valesca Fernandes, enfermeira da rede SUS Betim, e dos professores Renan Pedra e Renato Santana, do Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.