Reivindicação

Famílias betinenses cobram da Copasa demolição e laudo de prédio interditado

Vazamento de água da rede comprometeu fundação da edificação, que fica na rua da Bahia, no São Caetano; 11 imóveis foram interditados

Publicado em 10 de novembro de 2023 | 09:00

 
 
Interdição do primeiro imóvel pela Defesa Civil foi feita há um mês Interdição do primeiro imóvel pela Defesa Civil foi feita há um mês Foto: Defesa Civil de Betim/Divulgação
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Um mês após um prédio e dez casas na rua da Bahia, no bairro São Caetano, serem interditados em razão de um vazamento da rede da Copasa ter comprometido a estrutura da edificação de três pavimentos, gerando risco de ela desabar, as famílias que tiveram que sair de seus imóveis cobram da companhia uma solução para o problema.

Os moradores, que precisaram se mudar e, desde outubro, vivem em residências custeadas por meio de um programa de auxílio habitacional da empresa, pedem agilidade na demolição do prédio e a entrega pela estatal do laudo técnico atestando o que causou o abatimento da fundação do imóvel. 

Moradora há mais de 20 anos do prédio que foi comprometido, a professora Alessandra Silva, de 45 anos, reclama da morosidade da Copasa de realizar a demolição da edificação. Segundo ela, somente depois disso, a companhia entrará com o processo de indenização da edificação.

“Não é a questão só de ressarcimento financeiro. Esse problema me gerou muito transtorno e para as famílias que moravam envolta do meu prédio. Desde o dia 12 de outubro, tive que sair de casa correndo. Tudo mudou na minha vida, na dos meus pais e da minha tia que moram ao lado”, lamentou Alessandra.

A funcionária pública Flávia Silva, de 37 anos, que vivia há 36 anos com os pais idosos em uma das casas interditadas no entorno do prédio, reivindica a emissão do laudo técnico da Copasa.

“Queremos voltar para as nossas casas. Nada melhor do que o conforto do nosso lar. Mas precisamos retornar seguros do que causou o abatimento da fundação do prédio. Não adianta a gente voltar se, futuramente, as nossas casas correrem risco de desabar”, pontuou Flávia. 

A prefeitura informou que, desde o dia 30 de outubro, expediu uma notificação extrajudicial para a Copasa demolir o prédio, dando à companhia um prazo de 72 horas para executar o serviço. Contudo, de acordo com o município, a empresa ainda não entregou a documentação necessária pra prefeitura emitir o alvará de demolição, serviço que ficará a cargo da companhia. Enquanto isso, a Defesa Civil declarou que segue monitorando o prédio com risco de colapsar. 

Já a Copasa informou que providenciou o acolhimento e a acomodação das famílias envolvidas em local seguro, sem custos para esses moradores, e esclareceu que as tratativas com a prefeitura para a definição das próximas ações a serem feitas estão em andamento.