Foco é buscar mais apoio e verba para Betim em Brasília

Vice-prefeita de Betim, Cleusa Lara (União Brasil), concedeu entrevista à rádio Super 91.7 e chamou a atenção para o fato de a cidade não ter mais representantes nas casas estadual e federal.

Estamos a poucos dias das eleições e sabemos da importância de as cidades terem seus representantes. O que você, enquanto vice-prefeita de Betim, espera dessas eleições?

Vamos ter uma eleição para governo federal e estadual muito polarizada e vamos ter que caminhar ao lado disso e sair um pouco desse foco. Betim é uma cidade hoje com quase meio milhão de habitantes, e não temos, desde 2012, nenhum representante na Assembleia Legislativa nem na Câmara Federal. Isso faz falta porque os deputados são a voz do município. Se nós tivéssemos deputados eleitos por Betim, que tivessem essa representatividade maciça, poderíamos ter mais apoio em casos como Rodoanel e o da Andrade Gutierrez.

Já que falamos de representatividade, como fica Cleusa Lara a partir de hoje?

Vamos iniciar agora essa campanha. Com muito trabalho, muita honestidade, com respeito a todas as outras candidaturas. O meu perfil é realmente de diálogo e de buscar a conquista do voto.
É um voto em que as pessoas precisam reconhecer o trabalho que foi feito. 

O que a senhora pode falar da atual situação de Betim? Como estava o município quando assumiram e como se encontra agora?

Em 2017, recebemos o município com muitos problemas, inclusive endividado, com a saúde num momento muito triste, muito caótica, estava muito abandonada.

Nossa primeira ação foi pagar as dívidas. Renegociamos todas e passamos a cuidar da saúde e fizemos vários investimentos. Com isso, conseguimos fazer esse atendimento da saúde, estendendo a outras áreas, como assistência social e educação, para garantir um tratamento mais humanizado a todos os usuários.

Quais são os principais avanços que Betim teve em sua gestão com o prefeito Vittorio Medioli?

A cidade é realmente outra. Nós tivemos muitos avanços na saúde, na educação, na infraestrutura. Construímos um Centro Materno-Infantil, que é um prédio moderno, com cinco andares, para atender a todas as gestantes e as crianças com todo carinho. Temos todo um crescimento também na área de indústrias.

Trouxemos várias empresas para Betim, o que faz com que a nossa arrecadação aumente e que os cidadãos possam buscar esses postos de trabalho, além de fazermos os treinamentos para que as pessoas
possam ocupar esses postos de trabalho.

A gente vê alguns vices que ficam escondidos. Por que você considera que sua atuação seja tão diferente assim?

Primeiro pelo meu perfil. Trabalhei nos primeiros quatro anos como secretária de Gabinete e consegui fazer essa interlocução em todas as áreas, esse trabalho ativo. E, como viceprefeita, sou uma pessoa que quer realmente o bem de Betim. Sou betinense, nasci naquela região do Bandeirinhas. Então eu quero e tenho certeza de que posso contribuir para que a nossa cidade cresça a cada dia e para que
as pessoas de qualquer área tenham realmente um tratamento mais humanizado.

O que a senhora pensa sobre a questão do Rodoanel?

Betim e Contagem não discordam do Rodoanel, porque ele é importante e necessário, mas, infelizmente, esse formato apresentado pelo governo (estadual) é muito complicado para Betim porque vai dividir uma área urbana bem ao meio. Temos outro traçado que tem um desvio para passar em áreas menos populosas, e que, inclusive, tem um custo menor com desapropriações. Ele ainda é um traçado que, em vez de duas pistas, tem três pistas.

Sobre a cobrança da dívida milionária do município com a Andrade Gutierrez, que já vem há muito tempo, mas foi estourar logo na gestão do prefeito Vittorio Medioli. Quais as expectativas em relação a isso?

Nosso prefeito, junto com toda a equipe, sentou e estudou todas as falhas que nós poderíamos encontrar para mostrar que essa dívida, no nosso ponto de vista, é fraudulenta. Já conseguimos mostrar tudo isso para a Justiça, tivemos alguns ganhos de causa com essa ação popular.