Decisão

Justiça recua e manda retirar famílias do Beco Fagundes

Defesa Civil detectou movimentação de terra neste período chuvoso, e, dede então, prefeitura atua realocando famílias que vivem na área, considerada de alto risco geológico, mas sete pessoas, até essa sexta-feira (7), insistiam em permanecer no local

Publicado em 08 de janeiro de 2022 | 18:10

 
 
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Neste sábado (8), marcado por deslizamentos de encostas, transbordamento de rios e queda de casas e muros em várias partes da região metropolitana de BH, a Justiça de Minas recua e volta a autorizar a retirada das famílias do Beco Fagundes, no Jardim Teresópolis.

Diante disso, a prefeitura informou que vai trabalhar pela remoção dos moradores que permanecem na área de risco de forma imediata. “A prioridade é a preservação da vida dessas pessoas que ainda vivem no local. O território tem risco iminente de deslizamento/desabamento em consequência da instabilidade do solo sob as fortes chuvas que atingem toda a região metropolitana de Belo Horizonte”, diz nota do governo municipal.

Na última terça (4), a Justiça de Minas Gerais tinha determinado a suspensão da liminar que havia sido concedida autorizando a demolição de dezenas de casas e de dois prédios no beco Fagundes, no Jardim Teresópolis, em Betim, na região metropolitana de BH. O cumprimento da ordem judicial seria feito na quarta (5) pela Prefeitura de Betim. 

A área, que possui extensão de cerca de 14.200 metros quadrados, foi caracterizada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, como de muito alto risco geológico. O laudo foi constatado pela Defesa Civil do município, que detectou movimentação de terra no local neste período chuvoso.

Em janeiro de 2020, um expressivo volume de chuvas atingiu a cidade, provocando danos como um grave deslizamento de terra na região, que culminou na morte de dois moradores do Beco Fagundes. Com isso, a prefeitura realocou famílias moradoras da área, porém ao menos 27 delas retornaram ao beco e até, a última sexta (7), sete resistiam em permanecer e acionaram o Ministério Público.