Motorista de ônibus com corintianos tem alta e deixa hospital em Betim

O motorista do ônibus que capotou com os torcedores do Corinthians na rodovia Fernão Dias, na Grande BH, de 39 anos, recebeu alta do Hospital Regional, em Betim, na região metropolitana de BH, na manhã desta quinta-feira (7/9), e deixou a unidade hospitalar. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da prefeitura. O condutor era a única vítima que ainda permanecia internada na unidade.

O motorista tem a conduta investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Enquanto estava sendo cuidado pela equipe de saúde, o motorista de ônibus se tornou alvo de investigação da Polícia Civil.

Ele pode responder pelos crimes de lesão corporal culposa e homicídio culposo, uma vez que sete corintianos morreram e outros 36 ficaram feridos no acidente. O motorista, além de condutor do ônibus, é o dono da empresa da viagem, essa que não tem registro nem autorização para realizar transporte de passageiros interestadual. 

Além disso, o ônibus da empresa do motorista, usado para fazer a viagem dos corintianos, estava com o tacógrafo vencido há três anos e tem 31 multas vencidas no sistema de Registro Nacional de Infrações de Trânsito (RENAINF). As infrações são de 2019 até março de 2023, e, juntas, valem R$ 4.196,75.

Se a investigação decidir por entender o motorista como culpado, a pena a ser aplicada deverá considerar o número de vítimas e de feridos no acidente. 

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil que, em função do feriado, não informou a atualização da investigação.

O acidente

O acidente com um ônibus com torcedores do Corinthians aconteceu na madrugada do domingo (20 de agosto). O veículo capotou na rodovia Fernão Dias, no trecho entre Igarapé e Brumadinho, na Grande BH. Dos 43 passageiros que estavam no veículo, sete morreram. 

O coletivo seguia sentido a cidade de Taubaté, no interior de São Paulo, após a partida entre Cruzeiro e Corinthians, disputada na noite de sábado (19 de agosto), no Mineirão. Testemunhas disseram que o ônibus perdeu o freio quando passava pelo trecho. 

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o tacógrafo, item usado para checar como estava o ônibus durante o trajeto e funciona como a “caixa-preta” de um avião, estava com a licença vencida. O veículo também não tinha autorização para transportar passageiros.

O ônibus foi contratado por uma subsede da Gaviões da Fiel do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. O coletivo levava torcedores das cidades de São José dos Campos (SP), Jacareí (SP), Caçapava (SP), Taubaté (SP) e Pindamonhangaba (SP).