Infestação de baratas, falta de limpeza, centenas de restos mortais de pessoas jogados em sacos de lixo e venda de jazigos em duplicidade. Esse era o cenário caótico que os betinenses encontravam nos cemitérios públicos de Betim em 2009. A Câmara Municipal, na época, chegou a criar uma comissão para fiscalizar o descaso, especialmente com o Cemitério Parque do Cachoeira.
Mas ao longo dos últimos 3 anos, a situação se transformou, com o investimento na estrutura e limpeza dos locais. Desde 2017, a gestão do prefeito Vittorio Medioli vem investindo R$ 3,6 milhões por ano em obras estruturais e de manutenção dos cemitérios municipais.
Com isso, foram realizadas melhorias importantes, como reforma de velórios, adaptação de banheiros para pessoas com necessidades especiais, concretagem e pavimentação das vias de acesso, construção de dois ossuários, (onde são depositados os ossos dos corpos exumados), digitalização de documentos, além da instalação de câmeras de segurança em todos cemitérios.
Essas ações trouxeram mais dignidade, conforto e segurança para as pessoas que precisam enterrar seus entes queridos na cidade.
“Quando fui convidado para assumir a gerência dos cemitérios de Betim em 2011, encontrei uma situação de miséria mesmo, sem estrutura nenhuma. A falta de compromisso do município era enorme; a gente andava, por exemplo, pelo Parque do Cachoeira pisando em baratas. Ao longo do tempo conseguimos consertar esses graves problemas e nessa gestão realizamos obras importantes que transformaram o ambiente dos cemitérios, que agora são estruturados, limpos e organizados. Isso tudo é muito importante. Mostramos, inclusive para os funcionários, que trabalhar no cemitério não é só um trabalho, mas uma missão”, afirmou o gerente de cemitérios, Márcio Martins.
São administrados pela prefeitura os cemitérios Parque do Cachoeira, Citrolândia, Nossa Senhora do Carmo e Colônia Santa Izabel, este último passou a ser gerido pela administração municipal em 2018, com o repasse dessa área do Estado para o município.
Outra conquista importante foi a aprovação da lei municipal 6464/19, que reduziu o prazo para exumação dos corpos de cinco para três anos.
Marinésia Makatsuru, presidente da Ecos, destacou que, devido a essas melhorias, Betim se tornou referência para outras cidades nessa área. “Cuidar de cemitérios é uma das missões mais complexas da ECOS, pois estamos tratando de espaços em que as pessoas visitam no momento mais difícil que é a perda de um ente querido. E foi com um olhar diferenciado e cuidadoso que buscamos lidar com estes locais em nossa gestão, de forma humanizada, com responsabilidade e sensibilidade”.
Capelas-velório
Outra obra importante realizada na gestão do prefeito Vittorio Medioli é a construção de seis capelas-velório. O objetivo é oferecer mais conforto e evitar que as pessoas precisem se deslocar para velar seus entes queridos. Das seis capelas-velório anunciadas, quatro já estão em execução nos bairros: Petrovale, Teresópolis, Icaivera e Alterosas. Já no Imbiruçu e em Vianópolis, as obras ainda serão iniciadas.
"Mesmo com toda a estrutura que nossos cemitérios possuem, têm pessoas que querem velar os parentes nas regiões onde moram e, por isso, acabam fazendo dois velórios, um no cemitério e outro em uma associação ou igreja. Por isso, a construção das capelas-velório permite que pessoas que moram nessas regiões mais distantes e populosas possam realizar o velório em suas comunidades”, explicou Marinésia.
Em razão da Covid-19, a prefeitura, por meio de decreto, limitou o número de pessoas em enterros e estabeleceu mais medidas de biosegurança. Além disso, os cuidados da equipe que atua nos cemitérios aumentaram, com o uso de mais Equipamentos de Proteção Individual (EPI). “Esse decreto foi importante porque ajudou a reduzir a contaminação na cidade”, disse o gerente de cemitérios.