Se em 2017 a crise fez o Produto Interno Bruto (PIB) de Betim recuar para R$ 23,1 bilhões, em 2018, a situação foi diferente. Os dados foram divulgados nessa quarta (16) pela Fundação João Pinheiro (FJP) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que o PIB betinense de 2018 somou R$ 25,483 bilhões.
Conforme o levantamento – que é divulgado sempre relativo a dois anos anteriores ao ano de divulgação –, o aumento foi de 10% nominalmente em relação a 2017.
Mesmo com o crescimento, Betim segue na quarta posição no ranking estadual das cidades com maiores PIBs de Minas, atrás de Belo Horizonte, Uberlândia e Contagem. No ranking do país, o município ocupa a 35ª posição.
A indústria foi o setor que mais gerou riquezas (R$ 10,1 bilhões) na cidade, seguida pela áreas de serviços (R$ 8,9 bilhões), impostos (R$ 4,2 bilhões) e administração, defesa, saúde e seguridade social (R$ 2,1 bilhões).
“O ano de 2018 foi bom para Betim, pois conseguiu aumentar seu PIB em mais de R$ 2 bilhões em valores correntes. A economia teve uma retomada de crescimento. Só não houve um aumento mais expressivo porque teve o refino do petróleo não agregou muito valor por causa do preço dos combustíveis. No entanto, vemos que o setor de serviços teve um crescimento no valor agregado, e Betim, que abriga grandes empresas de transportes e logísticas, foi beneficiada com isso”, explicou o coordenador de Contas Regionais da Diretoria de Estatísticas e Informações da FJP, Raimundo de Sousa Leal.
O valor da riqueza gerada, no entanto, não fica na cidade. A receita municipal, por exemplo, que é o orçamento, representa só 5% valor total do PIB.