Crime sexual

Polícia Civil investiga idoso suspeito de ter estuprado a sobrinha de 13 anos

Família é de Betim e caso aconteceu em um sítio em Juatuba

Publicado em 16 de novembro de 2023 | 15:40

 
 
Assédio sexual Assédio sexual Foto: Imagem ilustrativa | Freepik/ Divulgação
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A Polícia Civil investiga o caso de um idoso de 72 anos que teria estuprado a sobrinha, na época com apenas 13 anos. O caso aconteceu em janeiro de 2021. De acordo com a mãe da vítima, Elizabeth Rodrigues Gonçalves, de 49 anos, o caso só foi revelado pela menina na última semana, quase três anos após o ocorrido. A família é de Betim, na região metropolitana de BH, mas o caso aconteceu em um sítio em Juatuba. 

“Após esse fato, ela teve uma mudança brusca de comportamento. Ficou mais impaciente, cortou o cabelo, dizia com frequência que ninguém sabia do que ela estava passando. Mas, mesmo quando perguntávamos o que estava acontecendo, ela não falava”, lembra a mulher. A menina, hoje com 16 anos, faz acompanhamento psicológico. Porém, segundo Elizabeth, nem na terapia ela havia relatado sobre o abuso. 

Conforme foi explicado pela mãe, na semana passada, a adolescente decidiu expor o caso.

“Ela me perguntou se, quando o homem coloca o pênis na vagina da mulher e sai sangue, se isso significa que o hímen foi rompido. Eu assustei e respondi que sim. Foi quando ela me falou que uma semana antes de ela completar 14 anos, ele (o suspeito) a encurralou no sítio onde íamos com frequência e tentou beijá-la. Ela o empurrou, mas, mesmo assim, ele conseguiu forçá-la, abaixou o short dela e cometeu o abuso sexual. Quando ele percebeu que estava sangrando, ordenou que ela limpasse e, depois, forçou-a a se ajoelhar e a fazer sexo oral nele”, contou a mãe, com a voz embargada. 

Segundo Elizabeth, assim que a menina relatou o estupro, ela seguiu para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da Polícia Civil de Juatuba, onde fica o sítio, para registrar o Boletim de Ocorrência. A adolescente também passou por exame de corpo de delito.

Em nota, a PCMG confirmou que a garota foi examinada e informou que segue investigando o caso. Porém, o inquérito está sob sigilo. 

Justiça

A mãe da menina conta que o suspeito é casado com a tia e que era uma pessoa de confiança da família. Ela afirma que decidiu expor o caso para que outras pessoas estejam em alerta.

“Ele está na família há mais de 40 anos. É padrinho do meu filho mais novo, uma pessoa que eu confiava e jamais imaginaria que poderia fazer uma coisa dessas. Quantas famílias podem estar passando por isso, mas não têm coragem de falar?”, relata. 

Agora, enquanto a família oferece todo o suporte para que a garota se recupere do trauma, a mãe deseja que a justiça seja feita. “Quero que ele pague pelo que fez com minha filha”, diz.