Covardia

Suspeito de matar cadela após arrastá-la por corda já foi preso por homicídio

Sentença foi em regime semiaberto, e o mandado foi cumprido contra ele em 2010; o idoso obteve um alvará de soltura em 2011

Publicado em 18 de agosto de 2023 | 16:23

 
 
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O idoso de 72 anos detido suspeito de ter matado uma cadela após tê-la arrastado amarrada por uma corda em um carro, no bairro Vianópolis, em Betim, na região metropolitana de BH, já foi condenado há cinco anos de prisão por homicídio. Segundo uma fonte da polícia, a sentença foi em regime semiaberto, e o mandado foi cumprido contra ele em 2010. Um ano depois, o idoso obteve um alvará de soltura.  

A reportagem de O Tempo Betim tentou descobrir detalhes sobre o crime, no entanto, como na época as ocorrências eram manuscritas e não havia o sistema informatizado de inquéritos, não foi possível levantar as informações sobre o caso.  

O idoso teve a prisão ratificada pela Polícia Civil de Minas Gerais. De acordo com a corporação, ele foi ouvido pela Central Estadual do Plantão Digital e encaminhado ao sistema prisional, onde segue à disposição da Justiça.  

Um vídeo que viralizou na internet em que aparece a placa do veículo do suspeito, de 72 anos, ajudou equipes da Polícia Militar, da Guarda Municipal e da Superintendência de Proteção Animal (Sepa) de Betim a localizarem a residência dele, no mesmo bairro. A reportagem de O Tempo Betim acompanhou os trabalhos. 

O homem chegou a ser levado até a sede da Guarda Municipal para ser ouvido e retornou acompanhado das equipes para mostrar o local onde afirmou ter enterrado a cadela. No terreno onde vive, foram encontrados um cachorro e dois filhotes da raça Fila – a cadela também era dessa raça. 

Além deles, dois outros cães, sem raça definida, e um porco estavam no lote. Segundo moradores, o homem vendia filhotes desssa raça. A Sepa recolheu todos os animais, que estariam com sinais de maus-tratos.  

No local, segundo a Guarda Municipal, foram encontrados uma corda, o veículo e uma marreta, todos sujos de sangue. No carro, havia um porrete com marcas de sangue. “Tão logo a Guarda tomou ciência do ocorrido, começamos as diligências. Aqui, próximo ao condomínio Vale da Serra, encontramos o carro do autor e permanecemos na propriedade fazendo buscas para ver se o encontrávamos”, contou o guarda municipal Leonardo Gonçalves, que atuou na ocorrência. 

“Ele chegou depois, em outro veículo. Ele contou pra gente o que tinha acontecido, e, de imediato, o colocamos na viatura e o levamos para a delegacia para ele dar a versão [DELE] para o delegado”, relatou o guarda. 

À polícia o homem disse que a cadela era muito apegada a ele e teria corrido atrás do carro no momento em que ele saía. Ainda segundo o relato, a corda em que ela estava presa teria se enroscado no reboque, e ele não percebeu. 

(Com Daniele Marzano e Iêva Tatiana)