Um dos momentos mais aguardados pelo público participante no 1º Congresso de Ufologia em Betim, realizado entre sexta-feira (20) e este domingo (22), foi o depoimento de Liliane Sílva, uma das três meninas que afirmam ter visto uma criatura no dia 20 de janeiro de 1996, fato que deu origem às investigações do "Caso ETs de Varginha". Vinte sete anos depois do dia fatídico, ela reafirmou toda a história contada ao longo de quase três décadas pelas garotas.
"A gente estava vindo do serviço e resolveu cortar caminho para chegar mais rápido na minha casa. Uma pixação no muro me chamou atenção. Quando olhei, vi uma criatura marrom, parecia que tinha passado um óleo no corpo, mas como estava muito quente, achei que era suor. Vi os dois olhos vermelhos, três calombos na cabeça. Não vi boca nem orelhas. Se tivesse boca, era só um rasgo pequeno", recordou.
Liliane afirmou que ela, a irmã e a amiga, logo após visualizarem a criatura, saíram correndo e foram em seguida para a casa da mãe dela. A testemunha relata que, somente 15 dias depois disso, quando ufólogos foram até a residência delas, que elas souberam que tinham visto poderia se tratar de uma criatura extraterrestre.
"Eles contaram que outra criatura tinha sido pega no mesmo dia, e que a que nós tínhamos visto seria uma que havia escapado. Até então, falamos que tínhamos visto um demônio. Não sabíamos o que era aquilo, que tínhamos visto era um extraterrestre", relembrou.
A testemunha afirmou ainda que sentiu que, assim com ela, a criatura também ficou apavorada de vê-las. "Ela (a criatura) olhou, meio que apavorada, e baixou a cabeça. Foi uma troca de emoções. Mas foi um sentimento de medo, tanto que saímos correndo. Até hoje se a gente volta a falar sobre isso tem medo", afirmou.
Liliane ainda disse que eles foram "ameaçadas" e sofreram ainda uma tentativa de suborno, por três homens que foram até a casa dela e queriam que elas negassem na época publicamente tudo o que haviam visto. "Disseram pra minha mãe que ia dar muito dinheiro pra gente, que dava pra gente mudar de vida. Bastava a gente ir a público, ficar caladas, e confirmar tudo o que eles iriam dizer. Ainda decbocharam, falando que 'brasileiro esquece as coisas rápido'. Procuramos os ufólogos que estavam nos acompanhando e fomos até a imprensa para revelar sobre o suborno. Depois disso, pararam de nos perturbar", afirmou.
Em 20 de janeiro de 1996, duas irmãs Liliane e Valquíria Silva e a amiga Kátia Xavier reportaram ter visto um ser completamente diferente de tudo que já haviam visto na vida. Não era animal, nem humano. Segundo as meninas, a criatura tinha baixa estatura, era franzina, com cabeça desproporcional, grandes olhos vermelhos sem pupila e íris; no crânio, três protuberâncias.
A partir daí, teve início uma das histórias mais famosas do Brasil – que, até hoje, não se sabe se é uma lenda urbana, ou um dos maiores avanços científicos de todos os tempos.