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Vendedor de Betim bomba no Carnaval de BH vendendo desodorante e papel higiênico

Ambulante Fernando Rodrigues, de 30 anos, faturou, nos quatro dias de festa em BH, R$ 1.600

Publicado em 24 de fevereiro de 2023 | 10:00

 
 
Fernando Rodrigues começou a trabalhar nas ruas aos 8 anos, ajudando o pai, que é camelô Fernando Rodrigues começou a trabalhar nas ruas aos 8 anos, ajudando o pai, que é camelô Foto: Imagens cedidas por Fernando
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Já imaginou ganhar uma renda extra no Carnaval vendendo absorventes, papel higiênico, lenço umedecido e borrifadas de desodorante? Pois foi com essa ideia inusitada que um vendedor ambulante de Betim, morador do bairro Guanabara, bombou na folia deste ano em Belo Horizonte.

Com criatividade, simpatia e muita irreverência, ele conquistou os foliões dos blocos na região Centro-Sul da capital e faturou, nos quatro dias de festa, cerca de R$ 1.600. 

Fernando Henrique Rodrigues, de 30 anos, conta que, antes de fazer o cadastro para ser vendedor na festa momesca, pediu uma “luz” divina pra comercializar produtos que a maioria dos ambulantes não trabalharia. E rapaz! Não é que a ideia deu certo!!

“Queria inovar, vender algo diferente. Muita gente já trabalha vendendo cerveja, espetinhos. Graças a Deus, a galera gostou e comprou. As pessoas se divertiam, me abordavam, faziam fotos, vídeos. Toda hora era alguém comentando, compartilhado as minhas fotos nas redes sociais”, brinca ele. 

O valor dos produtos variava de R$2 a R$5, e o campeão de vendas, segundo Fernando, foi o papel higiênico. “Pelo mods, como eu chamo o absorvente, eu cobrava R$5 cada ou três por R$10. Já as borrifadas de desodorante custavam R$2”, revela o betinense.

Vendedor ‘nato’

Mas o feeling de Fernando para vendedor não é algo que surgiu somente da noite para o dia. Ele atua como ambulante desde a infância, época em que começou a ajudar o pai, que trabalha como camelô. 

“Com 8 anos, eu vendia coxinhas por dez centavos. Sempre digo que a venda não é só trabalhar com o que você tem na mão. Você precisa acreditar naquele produto e saber identificar a demanda do mercado”, avalia o ambulante de Betim que, para o Carnaval 2024 de BH, já está “matutando” comercializar um produto diferente. “Quero vender algo que a maioria não ofereça e alguma que atenda a necessidade das pessoas”, salienta o vendedor ambulante.