Você sabia? Obelisco da praça Sete, em BH, foi presente de Betim para a capital

Nesta quinta-feira (23), vamos revirar o fundo do baú para recontar uma história que muitos betinenses ainda não sabem. Mineiro que é mineiro conhece bem a praça Sete, em Belo Horizonte. E, na confluência das avenidas Afonso Pena e Amazonas, local considerado o marco zero da cidade, tem o famoso "Pirulito da praça Sete".

Você sabia que aquele monumento histórico foi um presente construído e entregue pela comunidade de Capela Nova do Betim - hoje Betim, na região metropolitana de BH, à capital mineira?

A peça foi entregue em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. Feito de granito, o monumento tem 13,57m de altura total, foi desenhado pelo arquiteto Antônio Rego e construído pelo engenheiro Antônio Gonçalves Gravatá, proprietário da pedreira em Betim de onde foram extraídas as pedras utilizadas na construção do marco.

O obelisco foi esculpido por ideia do então presidente do Estado, Raul Soares. Desde quando foi lançada a pedra fundamental, o obelisco foi construído em blocos e, para transporta-lo, foi necessária a construção de um trecho ferroviário específico, pois na época não havia caminhões e guindastes de grande porte em Belo Horizonte.

Durante a administração do prefeito Amintas de Barros, em 1962, o monumento foi  retirado da praça, ficando abandonado num lote ao lado do Museu Histórico da Cidade, atual Museu Histórico Abílio Barreto.

Ele voltou a ser fixado em 1963, sendo transferido para a Savassi, na praça Diogo de Vasconcelos. No entanto, durante alguns anos muitas foram as mobilizações da própria população belo-horizontina que reivindicava o obelisco retornou ao seu ponto de origem.

Atualmente, o monumento é ponto de encontro de muitas pessoas, palco de festas e atos políticos, além de ser cartão postal da capital.