ABASTECIMENTO

Câmara aprova requerimentos de audiências públicas pra discutir falta de água em bairros

Situação tem sido recorrente em vários pontos do município, especificamente nas regiões do Citrolândia e do Vianópolis

Por Sara Lira

Publicado em 10 de março de 2025 | 17:17

 
 
Reunião dessa segunda-feira (10) Reunião dessa segunda-feira (10) Foto: Nelson Batista

As constantes falhas no abastecimento de água em Betim serão debatidas em audiência pública, com data a ser definida. Os requerimentos para realização dos encontros, de autoria dos vereadores Claudinho (PSB) e Gilberto Vianópolis (Cidadania), foram aprovados na reunião ordinária desta segunda-feira (10 de março).

Um deles trata do fornecimento de água especificamente no Marimbá. O outro, abrange as regiões do Citrolândia e do Vianópolis. Os dois receberam aprovação por unanimidade.

Os temas foram tratados por ambos os parlamentares durante a fase de oradores. "Os moradores têm sofrido porque a concessionária, que deveria prestar um serviço de qualidade, não vem fazendo isso" , alegou Gilberto, que destacou que vem cobrando da Copasa uma solução para o problema.

O mesmo foi reforçado por Claudinho. "Durante oito anos nos sentamos com a superintendência, com a diretoria-geral e até com o presidente da Copasa. Eles não têm nem argumentos mais. Chegamos ao fundo do poço. Em nenhum momento pode faltar água, mas está faltando justamente no verão, que o calor está de matar, e no período em que os reservatórios estão cheios", disse.

Relembre

Na última sexta-feira (7), moradores da região do Marimbá realizaram um protesto para cobrar explicações da Copasa. Conforme matéria já divulgada por O Tempo Betim, eles chegaram a ficar mais de uma semana sem qualquer abastecimento. Alguns deles relatam ainda que, quando a água volta para as torneiras, sai suja e barrenta. Em frente à UBS Vianópolis, eles mostravam cartazes com mensagens de revolta e exigiam explicações por parte da companhia.

Além do Marimbá, o problema também persistia na região do Citrolândia, onde moradores dos condomínios São Marcos I, II e III chegaram a ficar sem água por mais de uma semana. Na quinta (6) o abastecimento retornou, mas durante a noite do mesmo dia cessou novamente. "Na minha casa não sai uma gota de água de novo. Não sabemos mais o que fazer", relatou Débora Melo, na sexta, que mora no local.

Em nota enviada ao longo desta semana, a Copasa informou que as oscilações de água registradas nas regiões do Citrolândia e do Marimbá são reflexo do alto consumo ocasionado pelas ondas de calor das últimas semanas.

"Esse aumento na demanda tem gerado um desequilíbrio no sistema, impactando, principalmente, os imóveis localizados em áreas mais altas da cidade", disse.

A companhia ainda reforçou que, diante desse cenário, as equipes técnicas seguem monitorando a situação e adotando medidas para minimizar os impactos no fornecimento de água, incluindo o reforço com caminhões-pipa.

 

*Com Lisley Alvarenga